segunda-feira, 30 de julho de 2012

Atitude será resposta ao fato de o governo cancelar reunião


Publicada em 30/07/2012 15h01m
Atualizada em 30/07/2012 15h34m

Sérgio Ronaldo da Silva (ao microfone): cancelamento de reunião é sinal de que governo não tem proposta
Os servidores federais devem endurecer a greve a partir desta terça-feira. A atitude é em decorrência de o governo ter anunciado o cancelamento das reuniões previstas para esta terça, 31 de julho. A expectativa era de que os representantes governamentais apresentassem alguma proposta ao conjunto do funcionalismo, em greve desde o início de junho. O anúncio do cancelamento foi informado através da Agência Brasil, órgão de divulgação da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), a partir do envio de uma correspondência do Ministério do Planejamento à Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef).

Para Sérgio Ronaldo da Silva, diretor do Condsef, a suspensão é “mais um sinal de que o governo não tem proposta”. “Ele mesmo (governo) tinha fixado essa data do dia 31. A orientação agora é intensificar a greve e as manifestações em todo o país”, disse no sindicalista.

Segundo o diretor da entidade, os servidores querem a correção da inflação desde 2010 e a aplicação do crescimento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB), o que representaria um reajuste salarial de 22,08%. O Ministério do Planejamento, no entanto, descartou a proposta dos grevistas e desde então as categorias esperam uma contraproposta.

Por meio da assessoria de comunicação, o Ministério do Planejamento confirmou o envio do ofício à Confederação, mas disse que a negociação da pauta geral foi apenas adiada. Segundo o órgão, as reuniões com as categorias para debater assuntos específicos estão mantidas. Nesta terça, está previsto, por exemplo, encontro com servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

A posição do governo deve potencializar ainda mais as manifestações nesta terça, 31, no Dia Nacional de Luta dos Servidores Federais, e que estão marcadas para acontecer em todos os estados da federação.

Fonte: Agência Brasil e Terra
Foto: Condsef
Edição: Fritz R. Nunes (SEDUFSM)

Sobre a reunião com o MEC

Palavras de dois usuários do Orkut
Adriano Souza:
"Na reunião que ocorreu nesta tarde, entre o CNG-FASUBRA e o MEC, ficou acertado de que o Ministro Mercadante irá se empenhar, por dentro do Governo, a fim de que seja concedido ao conjunto da categoria dos TAEs, um reajuste linear, com base na inflação do período, com
possibilidade de que isso se repita nos próximos anos.
Durante a reunião o Ministro solicitou uma trégua do movimento paredista para que, durante os próximos treze dias, negocie essa proposta com o Planejamento, mas o CNG-FASUBRA assegurou que isso era impossível, uma vez que já foram realizadas várias reuniões, sem resultado e a categoria está cansada de promessas. Na oportunidade foram resgatados, também, pontos do acordo celebrado em 2007 e que, até o presente momento, não foram
atendidos.
O Ministro enfatizou a necessidade de resolver logo a pauta dos docentes, a fim de se dedicar à pauta dos TAEs, o que não está sendo fácil."

Chopin Chopin:
ATENÇÃO!

ESTAMOS FAZENDO UMA MANIFESTAÇÃO NOTURNA EM FRENTE AO PALÁCIO DO PLANALTO E MAIS CEDO O MINISTRO MERCADANTE DISSE QUE NÃO TEM PROPOSTA NENHUMA A NOS OFERECER ATÉ OS DIAS 13 - 17 DE AGOSTO E NOS PEDIU UMA TRÉGUA E RECEBEU DE VOLTA UM SONORO NÃO TEM TRÉGUA.

MAIS TARDE DIVULGAREMOS OS INFORMES DA REUNIÃO, PRIMEIRO ATRAVÉS DE FILMES E DEPOIS A INTEGRA DA REUNIÃO SERÁ POSTADA NO SITE DA FEDERAÇÃO.

A LUTA CONTINUA!

Governo adia reunião com servidores em greve


Gheisa Lessa
O Estado de S. Paulo     -     30/07/2012




Ministério do Planejamento mudou para o dia 13 de agosto encontro para negociar reajuste; categoria, paralisada há 41 dias, promete aumentar protestos
O governo federal adiou nesta segunda-feira, 30, a reunião de negociação prevista para ocorrer nesta terça, 31, com os representantes dos servidores públicos, em greve há 41 dias. O comando nacional de greve da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) reúne-se nesta tarde para avaliar a medida do Governo e determinar posição oficial da categoria, que deve fortalecer os protestos em todo o País.
A paralisação, segundo a Condsef, tem adesão de cerca de 350 mil trabalhadores, que reivindicam aumento salarial. De acordo com a confederação, apenas as categorias de base da Condsef representam 80% de todos os servidores do Executivo federal que aderiram à greve nacional.

O secretário geral da Condsef, Josemilton Costa, afirma que desde o dia 18 de junho os trabalhadores pedem proposta concreta do governo.

De acordo com membros da Confederação dos Trabalhadores, o próprio governo federal teria adiantado que a proposta oficial sobre todos os itens da pauta de reivindicação seria apresentada na próxima terça, 31. "Durante toda a greve o Governo reafirmava que apresentaria oficialmente o reajuste no dia 31. Na véspera da data eles anularam", afirma Costa.

A categoria pretende buscar mais membros para a greve. A Condsef afirma que há entidades públicas mobilizadas mas que ainda não paralisaram seus serviços.

O Ministério do Planejamento, que comandaria a reunião, informou o adiamento por meio de um oficio. Segundo a pasta, todas as reuniões sindicais foram adiadas para voltarem a acontecer a partir do próximo dia 13 de agosto. De acordo com o ministério, os secretários precisam concluir trabalhos internos, após uma série de negociações que já aconteceram com outras categorias nos últimos meses.

O governo federal tem até o dia 31 de agosto, data prevista por lei, para apresentar proposta oficial aos servidores públicos. Segundo o ministério, a resposta às reivindicações será data até o dia 17.

sábado, 28 de julho de 2012

Sindicato de auditores fiscais denunciará substituição de servidores grevistas à OIT


A substituição de servidores federais em greve fará o Brasil virar alvo na Organização Internacional do Trabalho (OIT). O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) denunciará o governo brasileiro ao organismo internacional pelo decreto editado na última quarta-feira (25), que permite a funcionários estaduais e municipais assumir a função dos agentes em greve. O sindicato também denunciará as autoridades brasileiras em relação à portaria publicada hoje (27), no Diário Oficial da União, que permite, em alguns casos, a retirada de mercadorias importadas não inspecionadas nas alfândegas brasileiras. Nesse caso, a denúncia será protocolada ainda na Organização Mundial das Aduanas.
O Sindifisco também pretende entrar na Justiça contra as duas medidas. Na avaliação do sindicato, tanto o decreto como a portaria são inconstitucionais porque ferem os direitos trabalhistas e estimulam o contrabando.
Em relação à substituição dos trabalhadores grevistas, o Sindifisco alega que o governo quer cassar a possibilidade de protesto dos trabalhadores e do direito de greve. No caso da portaria, a entidade argumenta que a liberação antecipada de mercadorias torna as fronteiras brasileiras inseguras e prejudica o comércio internacional, ao abrir caminho para a entrada de bens contrabandeados e mercadorias de alto risco, como drogas ou armas. Mais cedo, em entrevista para explicar a portaria, o subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita Federal, Ernani Checcucchi, informou que o órgão não comentará a greve.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Servidor em greve pode ser substituído


O Globo     -     26/07/2012




Decreto autoriza funcionários estaduais e municipais atuarem em lugar de grevistas

BRASÍLIA e RIO - A presidente Dilma Rousseff assinou ontem um decreto autorizando os ministérios a fazer convênios com estados e municípios para substituir, em serviços essenciais, os grevistas do funcionalismo federal por servidores das administrações locais. A medida acirrou o conflito entre governo e grevistas. O decreto mira em particular dois setores em greve: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Receita Federal. Os sindicatos das duas categorias reagiram, classificando a medida como arbitrária, autoritária e inconstitucional.

O governo garantiu que não há risco no abastecimento de medicamentos importados por causa da greve na Anvisa. Além desses setores, outros servidores em greve, e que podem eventualmente ser substituídos em funções essenciais, são os da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e fiscais do Ministério do Trabalho.

Um dos setores mais afetados pela greve são os portos. Sem a inspeção de navios pela Anvisa, não há como as embarcações entrarem no porto e atracarem. Segundo o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, a atividade de desembaraço nos portos é essencial e constitui o foco mais imediato do decreto, devido aos prejuízos que o retardamento do serviço pode gerar. Segundo ele, a paralisação poderá trazer prejuízos a pessoas em tratamento de saúde.

A greve dos funcionários da Anvisa não impediu que três navios do Porto do Rio fossem liberados ontem, seguindo a programação do local, cuja capacidade é de 8 a 12 navios por dia. A Libra, uma das empresas que opera terminais no Porto do Rio e em Santos, disse que a greve da Anvisa está, até o momento, atrasando o desembarques e o embarques em um dia. E há o acúmulo de contêineres, que dependem de inspeção da agência. Em alguns casos, a fila de navios mais de dez vezes. O número de embarcações que esperam autorização para atracar no Porto de Vitória saltou de dois, em dias normais, para 13, na terça-feira.

Andes divulga comunicado rejeitando proposta de reajuste do governo


Agência Brasil     -     26/07/2012




Brasília - A Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior  (Andes), principal entidade representativa dos professores de instituições federais de ensino, divulgou hoje (26) comunicado oficial rejeitando a nova proposta do Ministério do Planejamento.

De acordo com o sindicato, o texto foi encaminhado às universidades de todo o país, a fim de embasar assembleias que acontecerão entre hoje e segunda-feira (30). Nos encontros, será votado o posicionamento de cada instituição sobre o fim ou continuidade da greve dos docentes, que já dura 71 dias.

O comando nacional de greve da Andes reuniu-se ontem ainda pela manhã para debater a proposta do governo, e as discussões se estenderam até a madrugada de hoje. O documento afirma que as alterações nos percentuais de aumento apresentadas pelo Planejamento "foram dirigidas às situações que demonstravam maior perda de valor real até 2015", mas que, mesmo assim, "a maioria dos docentes terá valor real reduzido nos seus salários".

O texto alega ainda que questões consideradas importantes pelos docentes, tais como a estruturação e a progressão de carreira; a gratificação por projetos institucionais e atividade de preceptoria; e os critérios para promoção de professores foram jogadas para frente, ficando sob a dependência da criação de grupos de trabalho.

Para a Andes, isso evidencia "o esforço do governo para retirar os pontos polêmicos da mesa de negociações durante a greve, avocando a si, no futuro, a discricionariedade para tomar as decisões".

Marinalva Oliveira, presidenta da Andes, afirma que os percentuais de reajuste apresentados pelo governo - de 25% a 40%, segundo a nova proposta - aparentam ser elevados, mas têm como referência o mês de julho de 2010. "Além disso, a proposta é parcelada em três anos. Se considerada a inflação do período, esses reajustes não cobrem", disse.

A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), sindicato que representa parcela menor da categoria dos docentes, decidiu apoiar a proposta governamental e recomendar o encerramento da greve. A Agência Brasil tentou contato com membros da diretoria da entidade, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria.

Justiça manda governo pagar dias parados de grevistas no dia em que Planalto pediu ‘trégua’


Blog do Josias     -     25/07/2012



O Sindsep-DF (Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal) divulgou no início da madrugada desta quarta (25) notícia sobre uma vitória judicial obtida contra o governo. O juiz Flávio Marcelo Borges, da 17ª Vara Federal de Brasília, expediu uma liminar determinando ao Poder Executivo que pague os salários dos servidores em greve.

A decisão foi tomada no final da tarde desta terça (24). Horas antes, os grevistas haviam realizado uma manifestação defronte do Planalto (foto no alto). Responsável pela interlocução do governo com sindicatos e movimentos sociais, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) convidou uma comitiva de grevistas para conversar.

Nesse encontro , Gilbertinho, como o ministro é chamado por Dilma Rousseff, propos uma “trégua” de 15 dias aos diretores do Sindsep-DF, da confederação que representa os servidores (Condsep) e da CUT. Durante o armistício, o governo levaria à mesa uma proposta que contemplaria a devolução de 12 dias de salário cortado dos contracheques dos grevistas no mês de junho.

A sugestão de Gilbertinho foi recebida pelos sindicalistas com os dois pés atrás. Porém, informou-se ao ministro que a proposta de trégua seria analisada pela corporação. No comunicado noturno, sob os efeitos da liminar do juiz Flávio Borges, o Sindsep-DF já descartava, em termos peremptórios, a hipótese de seguir a orientação.
Avaliou-se que a saída esboçada pelo ministro é inaceitável por duas razões: “Não há nenhuma segurança de que o governo apresentaria a proposta financeira, que é o objetivo da greve”. Além disso, “a Justiça já determinou em liminar a devolução dos dias descontados.”
Ao fundamentar sua decisão, o magistrado da 17ª Vara Federal de Brasília invocou um julgamento do STF. O Supremo reconheceu que o direito de greve dos servidores públicos, previsto na Constituição de 1988, pode ser exercido a despeito de o Congresso não ter aprovado uma lei regulamentando a matéria. Aplica-se, por analogia, a legislação que rege as paralisações na iniciativa privada.

Curiosamente, o governo escorara-se no mesmo julgamento do STF para expedir o comunicado que orientara as repartições a cortar os dias parados dos grevistas. Dirigido às chefias dos órgãos públicos, o texto anotara: “Lembramos a decisão do Supremo Tribunal Federal, em relação aos movimentos paredistas no serviço público federal, e que, na ausência de lei específica para o setor público, deve-se aplicar a legislação concernente à iniciativa privada –Lei número 7.783, de 28 de junho de 1989.”

Foi contra esse comunicado, enviado aos órgãos públicos em 6 de julho, que o Sindsep-DF recorreu à Justiça. Serviu-se de um mandado de segurança. Seguindo orientação jurídica da confederação dos servidores, o sindicato absteve-se de requerer a declaração da legalidade da greve. Limitou-se a questionar em sua petição o corte dos salários dos grevistas.

No despacho em que deferiu o pedido do sindicato, o juiz Flávio Borges impôs o pagamento de multa diária de R$ 1.000 em caso de descumprimento da ordem judicial. A cifra terá de ser paga pelo governo e pelas “autoridades coatoras” —no caso, os dois signatários da circular que mandou cortar os contracheques: Sérgio Mendonça, secretário de Relações do Trabalho, e Ana Lucia Amorim de Brito, secretária de Gestão Pública, ambos do Ministério do Planejamento.

Pelas contas da Condsef, a confederacão dos servidores, há hoje no país algo como 350 mil funcionários públicos de braços cruzados. Preocupada com a amplitude do movimento, Dilma Rousseff convocou ao Alvorada, nesta terça (24), um grupo de ministros. A presidente embarcaria à noite para uma viagem de quatro dias a Londres. E queria distribuir orientações antes de voar para o estrangeiro.

Estiveram com Dilma cinco ministros: Nelson Barbosa (interino da Fazenda), José Eduardo Cardozo (Justiça), Mendes Ribeiro (Agricultura), Alexandre Padilha (Saúde) e Luiz Inácio Admans (chefe da Advocacia-Geral da União). O blog conversou com um dos presentes.

Contou que Dilma não descartou a hipótese de propor um reajuste linear aos servidores. Coisa a ser paga em 2013. Mas a conversa do Alvorada destoou da cantilena pacificadora usada por Gilberto Carvalho no encontro com sindicalistas no Planalto. A presidente recomendou aos ministros que os grevistas sejam tratados com os rigores da lei.

De acordo com o relato ouvido pelo repórter, Dilma mostrou-se especialmente preocupada com a greve na Eletrobras e na Anvisa. Estava inquieta também com a “operação padrão” inaugurada pelos servidores da Receita Federal. Definiram-se no encontro algumas linhas de ação.

A Advocacia da União deve bater às portas do Judiciário para requerer a decretação da ilegalidade da greve em setores como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a Eletrobras. No primeiro caso, teme-se pelo funcionamento dos portos. No segundo, receia-se o risco de interrupção no suprimento de energia.

Em verdade, a greve na Anvisa já causa tumulto nos portos do Rio, Espírito Santo, Paranaguá e Santos. Cabe à agência, vinculada à pasta da Saúde, expedir um documento chamado de Certificado de Prática Livre, sem o qual os navios não podem embarcar e desembarque pessoas e mercadorias.

Nesta terça, conforme noticiado aqui, o TRF-4, sediado em Porto Alegre, divulgou decisão tomada na véspera pelo desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz. Ele ordenou à Anvisa a retomada das inspeções dos navios atracados nos portos paranaense de Paranaguá e Antoniana.

O magistrado anotou em seu despacho: “O direito de greve na função pública é assegurado pela Constituição Federal, porém, observados os serviços essenciais, que devem ser mantidos, sob pena de inviabilizar a prestação dos serviços públicos, com grave prejuízo à população.” Liminares semelhantes foram expedidas no Rio e em Santa Catarina.

Noutra decisão discutida na reunião com Dilma, o ministro Padilha deve expedir uma ordem para que os certificados que liberam os navios passem a ser providos, excepcionalmente, na sede da Anvisa, em Brasília. Uma forma de contornar os prejuízos que a greve pode impor às exportações brasileiras.

Dilma quer comprar avião similar ao de Obama

Saga: tem que rir para não chorar.....


http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br


Dilma Rousseff quer trocar de avião. O Airbus A319 comprado por Lula em 2004 já não a satisfaz. Deseja levar ao hangar um Boeing 747, modelo similar ao Air Force One, a aeronave usada pelo companheiro Barack Obama.
O repórter Brian Winter informa que as negociações do governo brasileiro com a Boeing já foram abertas. Confirmando-se a aquisição de asas novas, Dilma empurrará para dentro de sua biografia uma extravagância radioativa.
Abalroado pela crise financeira internacional em pleno voo, o PIB brasileiro fará um pouso atravessado em 2012. Com sorte, aterrissará numa pista próxima dos 2%. Com azar, fará um pouso forçado em faixa abaixo de 1,5%.
Numa casa brasileira convencional, família com dificuldades econômicas não troca de carro. E tem dificuldades para entender as razões que levam uma presidente convertida em gerente de crise a trocar de avião.
Dias atrás, em discurso no Planalto, Dilma dissera que, em tempos bicudos, “não se deve brincar à beira do precipício”. A brincadeira de um avião novo não levará o país para o buraco. Mas certamente conduzirá ao desfiladeiro a imagem da usuária brincalhona.

CLG ocupa NTI, retira bolsistas e garante fechamento do setor


Noticia antiga mas deve servir de exemplo...

O Comando Local de greve (CLG) dos técnico-administrativos da UFAL fez uma visita surpresa, na manhã desta quinta-feira (19/07), ao Núcleo de Tecnologia da Informação que funciona no prédio da reitoria. Os membros do CLG constataram a veracidade das denúncias de que o setor estava em funcionamento. Tendo todo seu trabalho sendo desenvolvido por bolsistas. Ao final da rápida ocupação, os bolsistas foram convencidos de que deveriam se retirar do local e o NTI foi fechado.
O CLG encontra-se vigilante e vai continuar fazendo visitas a vários setores para que a adesão à greve seja de 100%. Não podemos admitir a substituição de servidores por bolsistas. As direções não podem continuar adotando tal prática. Nos próximos dias mais locais de trabalho serão percorridos e em casos do tipo quem estiver substituindo o trabalho de técnicos será convidado a se retirar do setor.
Nenhum servidor deve temer ameaças ou qualquer tipo de expediente que busque pressionar a categoria a não aderir à paralisação. É preciso manter nosso poder de mobilização com unidade e disposição para o enfrentamento com o governo federal.
O acompanhamento será diário e qualquer tentativa de furar o movimento grevista ou perseguir trabalhador deve ser imediatamente comunicada ao CLG. Não podemos recuar! Nossa luta precisa continuar forte! 

terça-feira, 24 de julho de 2012

Governo propõe aumento salarial para por fim à greve de professores de universidades federais


O governo federal apresentou na tarde desta terça-feira, 24, a sindicalistas uma contraproposta para reestruturar o plano de carreira dos professores das universidades federais e de instituições de pesquisa, concedendo um reajuste de 25% a 45% ao longo dos próximos três anos.
Na proposta apresentada no último dia 13, esse reajuste variava de 16% a 45%. Com esse recuo, o governo espera que os professores suspendam a greve nas universidades e instituições de pesquisa.
O governo também atendeu a uma outra reivindicação da categoria e concordou em antecipar o aumento que começaria a valer no mês de julho de 2013, de 2014 e de 2015 para o mês de março desses anos. Integrantes de sindicatos informaram que o impacto no Orçamento com os novos porcentuais será de R$ 4,2 bilhões. Antes de ceder às reivindicações, o impacto estimado seria de R$ 3,9 bilhões.
Os professores deverão dar uma reposta se aceitam ou não a contraproposta do governo até a próxima segunda-feira, 30. A reunião entre governo e professores continua no Ministério do Planejamento.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

SERVIDORES EM GREVE PROMOVEM DIA DE LUTA EM 31 DE JULHO

http://www.sedufsm.org.br



Servidores da saúde na marcha em Brasília, realizada no último dia 18
Um Dia Nacional de Lutas com atividades nos estados deve acontecer no dia 31 de julho (terça-feira da próxima semana), provável data apontada pelo Ministério do Planejamento para apresentar propostas concretas para a maioria dos servidores do Executivo. A Condsef e suas filiadas também vão participar das atividades convocadas pela CUT, CTB e CSP-Conlutas no dia 2 de agosto.
A Confederação dos Servidores Federais também prevê a realização de mais uma marcha a Brasília no dia 9 de agosto. Todas as ações têm por objetivo o fortalecimento da greve e aumento da pressão na busca por avanços significativos nos processos de negociação com o governo.
Também no dia 9 de agosto, a Condsef realiza mais uma reunião do seu Conselho (CDE) e outra plenária nacional da entidade será convocada para o dia 10 de agosto no Clube dos Previdenciários em Brasília. Todos os esforços serão feitos para manter a luta por melhores condições de trabalho para os servidores e investimentos que tragam serviços gratuitos e de qualidade para o Brasil. Enquanto o governo não apresenta propostas concretas e não traz novidades significativas ao cenário de negociações, a orientação continua sendo a de unidade e mobilização intensas.
O comunicado da Condsef denuncia que “quanto mais o governo empurrar os processos de negociação, mais os servidores devem se mobilizar”. “Somente o reforço na mobilização nacional será capaz de fazer com que a categoria obtenha vitórias significativas em um processo de negociação que ainda não apresentou as respostas de melhoria de que os servidores e serviços públicos necessitam. Porque como diz a frase, se lutando é difícil vencer, é impossível vencer sem lutar”, conclui.
Acampamento
Encerrado na última sexta (20), o “Acampamento da Greve” reuniu servidores de diversas categorias de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal, sendo concluído com uma plenária conjunta que fortaleceu ainda mais o movimento.
Os servidores voltaram para seus estados com a missão de reforçar a paralisação onde já existe e incorporar setores que ainda não definiram pela greve por tempo indeterminado. A provocativa ameaça de “corte de ponto” não intimidou a categoria, que elevou o tom contra a aberração governamental. Agora, a assessoria jurídica da Condsef trabalha para resguardar o direito dos servidores de promover a luta legítima pelo atendimento de suas demandas.
Fonte: CUT
Foto: Bruna Homrich (estagiária)
Edição: Bruna Homrich (estagiária) e Fritz Nunes (Jornalista)
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM

FASUBRA e CNG fecham o MPOG e mostram a força do movimento

http://www.sintetufu.org



Últimas Fasubra



23-07-2012

FASUBRA e CNG fecham o MPOG e mostram a força do movimento

A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) e do Comando Nacional de Greve (CNG) bloquearam hoje (19) todas as entradas do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão.

Circo Acampamento: centro de decisões do CNG na Esplanada dos Ministérios
Acampados desde as 5h da manhã nas quatro portas (duas principais e duas da garagem), centenas de manifestantes impediram a entrada dos servidores que chegavam para trabalhar. A decisão da ação partiu de uma reunião do CNG no circo montado na Esplanada dos Ministérios.

Portas bloqueadas: ninguém entra
A maioria dos servidores que trabalham no edifício foram sensíveis ao pleito dos trabalhadores técnico-administrativos e se solidarizaram com a greve não forçando a passagem. “Entendemos que a greve é a última saída das categorias que não conseguem diálogo com o governo”, afirmou um servidor do MPOG que não quis se identificar por motivos óbvios. “A educação no Brasil precisa ser valorizada. Não só concordamos, como apoiamos o movimento”, disse outra servidora.

Servidores do MPOG foram sensíveis ao Ato
A intenção do Ato é mostrar para a sociedade que o governo não está interessado em negociar e que a culpa da greve ter ocorrido foi, justamente, a intransigência do Estado. “Queremos uma resposta pontual e positiva com relação à abertura de negociação. Estamos cobrando o diálogo e não cansaremos dessa luta”, afirmaram os representantes da categoria.

Vagas de sobra: com as entradas fechadas pelos trabalhadores, o estacionamento que costuma ficar lotado, ficou assim
Agressividade
Logo no início da manhã, policiais militares do DF chegaram para tentar coibir o movimento. Alguns trabalhadores, segundo a coordenação do ato, foram feridos no confronto. “Nossa manifestação é pacífica. Não iremos aceitar agressão física. Somos trabalhadores, só queremos ser respeitados e valorizados”, desabafou um manifestante agredido mostrando as marcas do cassetete.


Momento de confronto
O policiamento é ostensivo. Dezenas de carros cercam o local do ato e o contingente faz barreira onde os trabalhadores realizam o protesto. “Não vamos nos intimidar. Nossa luta é legítima e sem violência. Estamos defendendo não só a nossa carreira, mas o futuro da educação no Brasil”, ponderou o CNG.
Confira a cobertura fotográfica completa em nossa galeria de fotos. 
Por João Camilo
Jornalista


Fonte: Site Fasubra Sindical

Gasto com servidor dobrou em nove anos

http://oglobo.globo.com/pais/gasto-com-servidor-dobrou-em-nove-anos-5554497

Entre 2003 e 2011, com Lula e Dilma no Planalto, quase todas as categorias tiveram aumentos reais

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A Ministra do Planejamento,Orçamento e Gestão , Miriam Belchior, e o Presidente da Comissão Deputado Federal João bala rocha (PDT-AP) na comissão da Câmara Foto: Ailton de Freitas / O Globo

A Ministra do Planejamento,Orçamento e Gestão , Miriam Belchior, e o Presidente da Comissão Deputado Federal João bala rocha (PDT-AP) na comissão da Câmara Ailton de Freitas / O Globo
RIO - Os funcionários do Executivo federal passaram a custar mais que o dobro à União desde que o PT chegou ao Palácio do Planalto, em 2003. A despesa média por servidor do governo cresceu mais de 120% entre 2003 e 2011, contra uma inflação em torno de 52% no mesmo período.


Com a promessa de corrigir distorções históricas na remuneração dos três Poderes, o ex-presidente Lula implementou, em seu segundo mandato, uma política de valorização do funcionalismo. Com ela, os servidores do Executivo tiveram evolução salarial maior que os do Legislativo e do Judiciário.
Segundo o Ministério do Planejamento, apenas entre 2008 e 2010, o impacto dos reajustes dados somente aos servidores civis do Executivo foi de R$ 35,2 bilhões.
São esses números que sustentam a determinação da presidente Dilma Rousseff de não ceder às pressões dos servidores grevistas. Até agora, apesar de a mesa de negociação estar aberta, só foi apresentada uma contraproposta aos professores das universidades federais.
Dezenas de outras categorias do serviço público estão paralisadas, mas a ordem da presidente e da equipe econômica é manter o rigor fiscal exigido pela gravidade da crise financeira internacional.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, em entrevista esta semana ao GLOBO, disse que é impossível atender às reivindicações dos grevistas:
— Desde 2003, houve aumentos reais em todas as categorias. Estamos refazendo todas as nossas contas diante do agravamento da crise internacional e esperamos que até o início de agosto tenhamos o cenário das propostas que possam ser atendidas. A soma das demandas é de R$ 92 bilhões, ou 50% da folha atual, 2% do PIB e o dobro do PAC deste ano. Isso indica, com clareza, que é um número que não é factível de o governo atender.
Sindicalistas pedem novos reajustesResponsável pelas negociações com os grevistas, o secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público, Sérgio Eduardo Arbulu Mendonça, reforça que os reajustes dados no governo Lula são inequívocos quanto à valorização das carreiras do serviço público. Somente em 2010, o governo comprometeu R$ 6,6 bilhões com o pagamento dos reajustes negociados pelo ex-presidente:
— Tivemos um conjunto de reestruturações de 2008 a 2010. Só no Poder Executivo civil o impacto foi de R$ 35,2 bilhões.
O cruzamento de dados do Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento sobre a evolução da folha de pagamento, do quantitativo do funcionalismo e da despesa média por servidor comprovam a vantagem dos servidores do Executivo em relação aos demais Poderes.
Enquanto o número de servidores ativos do Executivo variou cerca de 15%, passando de 856,2 mil em 2003 para 984,3 mil em 2011, a despesa média com esse servidor evoluiu numa escala muito maior: passou de R$ 3.439 para R$ 7.678 este ano, um crescimento de mais de 120%.
Considerando a inflação medida pelo IPCA entre 2004 e 2011, que foi de 52,7%, conclui-se que desde o início do governo petista, o custo médio do servidor do Executivo teve um aumento real (acima da inflação) de 46,2%.
A folha de pagamento do Executivo com ativos também teve evolução impressionante: de R$ 64,7 milhões em 2003 para R$ 152,5 milhões em 2012, um crescimento de 135,4%, também muito superior à inflação do período.
Para o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Maurício da Costa, mesmo com os aumentos dados no governo Lula é preciso nova correção. Ele afirma que o Executivo tem recursos para isso.
— Foram 12 anos de congelamento, não tivemos aumento nenhum no governo Fernando Henrique. Lula só deu aumento no segundo mandato. E o importante é ver quanto o governo gasta da receita corrente líquida com pessoal. Há dez anos, eram 52% da receita, agora são 30% — afirma o sindicalista.
Os servidores do Judiciário encontram amparo nos dados do Boletim Estatístico do Ministério do Planejamento para reclamar da “defasagem salarial” da categoria. Pela leitura fria desses números, o Judiciário aumentou em cerca de 40% seu contingente de servidores ativos — passando de 82.657 em 2003 para 121.760 em 2011 —, mas a despesa média com o servidor, embora seja maior que a do Executivo, não evoluiu no mesmo ritmo: era de R$ 7.125 em 2003 e chegou R$ 11.709 em 2012, crescimento de 64,3%.
Ou seja, o Judiciário quase dobrou o número de servidores, mas a despesa com eles cresceu muito menos do que a do Executivo, que manteve praticamente o mesmo contingente de servidores e aumentou a conta com eles em 120%.
Desde 2009, os servidores do Poder Judiciário, com apoio da cúpula, brigam pela aprovação no Congresso de um novo plano de cargos e salários com reajustes médios de 34%, chegando a 56% em alguns casos. O impacto financeiro da proposta é de cerca de R$ 7 bilhões ao ano. O governo federal não permite a aprovação.
No caso do Legislativo, o número de servidores ativos aumentou pouco em relação aos demais poderes, cerca de 10%, passando de 22,9 mil em 2003 para 25.088 em 2011. A despesa média com esses servidores também cresceu na mesma proporção verificada no Judiciário: passou de R$ 8.648 para R$ 13.887 este ano, um custo 60,5% maior.

O impacto da greve do funcionalismo no País

ALESSANDRA HORTO
O DIA     -     22/07/2012





Estoque de remédios deve ser afetado e pesquisas do IBGE podem ser suspensas


Rio -  A mobilização de 26 categorias de servidores federais, que completa hoje 34 dias,conquistou importantes adesões na semana passada, como do pessoal das agências reguladoras. O movimento já ameaça o estoque de remédios e insumos farmacêuticos nos próximos dias, devido à greve de 40% dos funcionários da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 


Professores e técnicos-administrativos de universidades e institutos federais de ensino ultrapassaram dois meses de braços cruzados e alteram rotina de estudantes e formandos.

A paralisação de 60% dos servidores da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não impediu que as operadoras de celular Oi, Claro e TIM sofressem penalidades, na última quarta-feira, por conta do mau atendimento prestado ao cidadão. As queixas puderam ser registradas pelos consumidores porque as áreas de atendimento ao cliente do órgão regulador foram poupadas da greve.

O presidente do Sinagências (Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação), João Maria, destacou que os órgãos regulam 80% do PIB brasileiro: “Temos que nos unir para mostrar ao governo que somos importantes e temos quer ser valorizados”, diz.

O presidente da Associação de Docentes da UFRJ, Mauro Iasi, contou à Coluna que a greve continua por tempo indeterminado e que a categoria decidiu, em assembleia, rejeitar a proposta enviada pelo governo. “Os 45% de aumento alardeados pelo Executivo tratam-se de um número maquiado. Primeiro, porque já considera os 4% pagos este ano. E, segundo, não calcula a inflação dos próximos três anos”, explica.

Pesquisas ameaçadas

A paralisação dos servidores do IBGE já tem impacto em pesquisas de inflação elaboradas pelo instituto em alguns estados do País, revelou Susana Drumond, do comando nacional de greve da categoria.

Segundo ela, as adesões dos servidores também vão afetar as pesquisas de emprego e desemprego, pesquisas mensais do ritmo de produção das indústrias e das áreas de comércio e construção civil.

“As pesquisas elaboradas pelo IBGE são fundamentais para o desenvolvimento da economia do País. O governo só dá um passo sobre redução de juros, por exemplo, se souber o quadro de produção e consumo no Brasil”, explica Susana Drumond.

“Minha vida intelectualcontinua ativa” “Mesmo sem aula, minha vida intelectual continua ativa. Quando não estou no estágio na Fundação Getulio Vargas, aproveito o tempo para ler um livro. Eu não acredito que governo irá atender às reivindicações encaminhadas pelas entidades que representam os docentes. Apesar da dificuldade de negociação, acho que a paralisação e as manifestações são o melhor instrumento de luta. A greve é um direito da democracia, garantido pela Constituição. Sou a favor da paralisação, pois os professores não são valorizados como deveriam”.

BRUNA SALGADO BALDEZ
5º período de Letras, 20 anos

Novo protesto em 2 de agosto

Correio Braziliense     -     21/07/2012

Depois de quatro dias de protesto, os servidores públicos federais encerraram ontem o acampamento que mobilizou milhares de grevistas em campanha salarial. O movimento, que reuniu cerca de 10 mil manifestantes em marcha na última quarta-feira pela Esplanada dos Ministérios, superou as expectativas dos líderes sindicais, que consideram o balanço final do evento como positivo. Mesmo com todo o barulho feito pelos servidores na última semana, no entanto, o Palácio do Planalto não apresentou uma proposta concreta de reajustes ao funcionalismo.

Os grevistas garantem que, enquanto tal impasse continuar, manterão os braços cruzados. Em plenária, ele decidiram, inclusive, promover outra grande manifestação em vários estados em 2 de agosto próximo. "O governo não deve apresentar uma proposta favorável aos servidores em 31 de julho. Dessa forma, o Palácio do Planalto força que a greve avance para agosto", afirmou o coordenador da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), Rogério Marzola.

Os líderes da entidade se reuniram, na quinta-feira, com o secretário de Relações do Trabalho do Planejamento, Sérgio Mendonça. Ele reforçou aos sindicalistas que ainda não há previsão de reajuste. "Do jeito como está sendo feito, não há diálogo. O governo decide o que quer e só nos comunica. Isso não é negociação", desabafou Marzola.

O diretor da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Silva, acrescentou que confia no movimento e que os grevistas continuarão pressionando o governo. "Não adianta o Planejamento chamar para conversar e enrolar a gente. Queremos negociar. Não podemos desanimar", disse.

Durante os dias em que ficaram acampados, os trabalhadores fizeram passeatas e piquetes. Para engrossar as mobilizações, 10 agências reguladoras, além do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), aderiram as paralisações pela primeira vez na história desses órgãos. Sem um sinal claro do governo sobre aumento de salário, a categoria deliberou greve por tempo indeterminado.

domingo, 22 de julho de 2012

Gerentona?

http://www1.folha.uol.com.br


Não deu outra: o governo produziu um surto grevista no serviço público federal. Estão paradas há dois meses 56 universidades federais e há funcionários em greve em pelo menos 15 repartições de 26 Estados. Chegou-se a essa situação porque a doutora Dilma e seus comissários acharam que podiam enfrentar as reivindicações com onipotência e embromatina.
O surto começou em junho com a greve dos professores de universidades federais. Era uma paralisação parcial, e o governo disse que o problema deveria ser negociado no Ministério do Planejamento, onde a comissária Miriam Belchior informava que não trataria com grevistas. Era o modelo Scania. Em 1978, ele produziu um surto grevista no ABC de São Paulo e dele emergiu um sujeito chamado Lula.
Ao escolher esse caminho, a doutora Dilma cometeu uma imprudência semelhante à do industrial que, diante de uma greve, manda o assunto para uma discussão entre o sindicato e a diretoria financeira da empresa. De lá, só sai uma resposta: não há dinheiro.
A onipotência ruiu numa sexta 13, quando a comissária Belchior apresentou uma proposta aos grevistas. Em quase todos os casos, além de aumentos salariais, os servidores querem planos de carreira prometidos e jamais apresentados.
O comissariado do Planalto quer a coisa (acabar com a greve) e seu contrário (preservar a incolumidade política dos ministros cujas áreas são afetadas pelo movimento).
Aí entra a embromatina. O ministro da Educação sumiu. O da Saúde emudeceu, com servidores da Anvisa parados e com a Funasa parcialmente paralisada. O do Trabalho, não se sabe onde está. O comissário dos movimentos sociais, Gilberto Carvalho, passou por perto, afastou-se e reapareceu, falando em "equacionar as contas", sem que se saiba o que isso quer dizer.
Com as greves espalhadas pelas agências reguladoras, pelo Incra, pelo IBGE e em pelo menos seis ministérios, somando algo entre 150 mil servidores, segundo o governo, e 500 mil, segundo os grevistas, o Planalto soltou o espantalho da crise econômica refletida no Pibinho.
É um truque velho, generaliza o problema com o propósito de não discutir a pauta específica. A crise europeia nada teve a ver com o engavetamento dos planos de carreira dos professores universitários brasileiros. Se um servidor do Judiciário está sem aumento há três anos ou espera pelo plano de carreira há outros tantos, essa argumentação chega a ser desrespeitosa. Ele pode até discordar da extensão das reivindicações do sindicato, mas não quer ser tratado como bobo.
Foi Miriam Belchior quem travou as negociações? Mercadante ficou longe? Padilha se manteve calado? Tudo isso é verdade, mas só aconteceu porque a gerentona Dilma Rousseff desenhou uma estratégia cataléptica que estimulou as greves e acrescentou um desnecessário elemento de tensão. Dificilmente Lula tomaria esse caminho, parecido com o dos generais ou com a severidade de Fernando Henrique Cardoso na greve dos petroleiros de 1995.
Na última opção preferencial pela embromatina, o Planalto ameaça cortar os salários dos grevistas. Nem Ronald Reagan, o exterminador de sindicatos, seria capaz de deixar 55 mil professores sem dois meses de salários. Se a ameaça fosse séria, teria eficácia em junho. É uma parolagem sempre repetida, jamais cumprida. Exatamente por isso as greves no serviço público são duradouras e no setor privado são breves.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Governo sinaliza reajuste em 3 anos


Rosana  Hessel
Correio Braziliense     -     20/07/2012



Servidores esperam propostas até o fim deste mês para garantir benefícios a partir de 2013

O governo sinalizou ontem a sindicalistas que apresentará propostas de reajuste ao longo de três anos para servidores públicos federais.


Os trabalhadores esperam as ofertas até o fim do mês para que elas possam ser discutidas antes de 31 de agosto, quando termina o prazo para a conclusão do projeto orçamentário de 2013. “Até agora, só houve para os professores, e eles vão fazer uma contraproposta. Mas é preciso que o debate seja feito com as outras categorias”, afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas.

O sindicalista foi recebido no fim da tarde pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, no Palácio do Planalto. Freitas sugeriu a criação de um canal permanente de negociação dos contratos coletivos e de longo prazo. No entanto, ele demonstrou frustração com o argumento do Executivo de que a instabilidade econômica mundial tem proporções maiores do que a de 2008 e de que o Planalto quer fomentar o crescimento do mercado interno para sair da turbulência sem desconstruir a atual política econômica. “Entendemos essa crise, mas afirmamos que ela não é culpa dos trabalhadores”, disse.

O governo, todavia, avisou que cada ministério receberá as lideranças das categorias em greve e explicará que, no momento, não há espaço no Orçamento do ano que vempara atender a fatura de R$ 92,2 bilhões — quase a metade da folha atual. Além disso, informou que os servidores de braços cruzados terão de arcar com o corte no ponto pelos dias parados. Sem falar que a paralisação em mês de férias vem sendo malvista no Planalto.

Segundo Freitas, a “radicalização” do Planalto, como o corte do ponto, apenas prejudica as negociações com os servidores. No entanto, o sindicalista descartou a possibilidade de uma greve geral em agosto. “Por ora, não temos isso em discussão”, afirmou.

Outra prioridade

O discurso do governo tende a continuar rígido, uma vez que a prioridade é corrigir os salários das categorias mais defasadas, como os dos militares. A presidente Dilma Rousseff e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, falaram sobre o assunto ontem pouco antes da cerimônia de lançamento do PAC Mobilidade para as cidades médias. No fim da tarde, elas voltaram a se reunir, mas, certamente, não foi para discutir o balanço do Programa Aceleração do Crescimento, que será apresentado no próximo dia 26.

A crise internacional tem afetado a economia do país, que deverá crescer menos da metade dos 4% previstos pelo Ministério da Fazenda. Preservar os empregos do setor privado, portanto, é uma das prioridades da presidente e o governo vem lembrando que os servidores tiveram vários reajustes durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Acampamento de servidores públicos federais termina; greve é mantida


Agência Brasil     -     20/07/2012


Brasília – Acampados na Esplanada dos Ministérios desde segunda-feira (16), os servidores públicos federais encerraram as manifestações hoje (20) e muitos já estão retornando aos estados de origem. De acordo com a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), as paralisações serão mantidas em todo o país até que as reivindicações do movimento sejam atendidas pelo governo. Na reunião de encerramento, os grevistas avaliaram como positiva a semana de protestos na capital federal.

"A expectativa que a gente tinha era de dar visibilidade e demonstrar a força do movimento para o governo", afirmou José Milton Costa, secretário-geral do Condsef. De acordo com ele, por congregar servidores de diversas categorias em greve, a pauta de reivindicações é extensa e variada. Os pedidos principais, no entanto, são reposição da inflação e correção das distorções salariais.

Segundo Costa, 300 mil servidores estão em greve no país, incluindo os funcionários das universidades federais. O secretário-geral destacou que o dia 31 de julho foi fixado como data limite para que o governo federal dê respostas às solicitações das categorias paradas. "Até o momento, não houve propostas concretas", disse.

Janine Teixeira, coordenadora-geral da Federação de Associações e Sindicatos das Universidades Brasileiras (Fasubra), disse que a semana de manifestações serviu para o "o movimento grevista conseguir furar o bloqueio da mídia e reunir o governo". A federação se reúne amanhã (21), às 9h, na Universidade de Brasília (UnB), para decidir as próximas ações da greve. Os professores das universidades federais receberam proposta do governo, mas as assembleias da categoria nos estados têm rejeitado a proposta.