sábado, 22 de setembro de 2012

30 horas!!!!!!

http://www.ifba.edu.br/downloads/RESOLUCAO232012-A.jpg

RESOLUÇÃO Nº 1, DE 20 DE SETEMBRO DE 2012

DOU: Seção 1, Nº 184, sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A Comissão Nacional de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, instituída nos termos do art.22 da Lei nº 11.091de 12 de Janeiro de 2005, em conformidade com o que estabelece o inciso I do Art. 22 do mesmo dispositivo legal e considerando:

que a Comissão Nacional não é instância de recurso dos enquadramentos no PCCTAE; e que devem ser respeitados os conselhos superiores das instituições federais de ensino como instância máxima de recurso em assuntos de enquadramento, resolve:

Art. 1º - Reconhecer a competência de cada Instituição Federal de Ensino vinculada ao Ministério da Educação para, de acordo com sua política de gestão autônoma, certificar ações de capacitação e decidir os recursos de enquadramento no PCCTAE no seu âmbito de competência.

Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ANTONIO LEONEL CUNHA
Coordenador da Comissão

Inquérito do MPF vai apurar repasse do governo ao presidente do Proifes

http://sinasefemt.org.br


O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito civil para apurar possíveis irregularidades em repasse de verbas do governo federal para o presidente do Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), professor Gil Vicente Reis Figueiredo.
O inquérito se baseia em denúncia encaminhada ao órgão pelo Andes-SN, em 25/6/2009. Além de acatar os questionamentos apresentados, o MPF considera que pode também ter havido violação da Convenção 98 da Organização Internacional do Trabalho, que coíbe a interferência estatal nas organizações dos trabalhadores.
Em 2009, o Andes-SN tornou público que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) repassou à Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), até abril, mediante Termo de Cooperação, R$ 370 mil para a elaboração de estudos para reestruturação de cargos, carreiras e salários dos servidores públicos federais, incluindo os docentes. O presidente do Proifes estava entre os pesquisadores da UFSCar contemplados com parte desses recursos.
Desvio de finalidade Gil Vicente recebeu R$ 24.794,55, de acordo com dados disponíveis no Portal da Transparência do governo federal. O Andes-SN encaminhou pedidos de
esclarecimentos ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e ao reitor da UFSCar, Targino de Araújo Filho. Como não obteve respostas, encaminhou as denúncias ao MPF.
O MPF, inicialmente, decidiu pelo arquivamento, alegando que, se houvesse crime, seria de competência do Ministério Público do Trabalho (MPT) apurar, já que “estritamente sob o ponto de vista do patrimônio público, não se vislumbravam irregularidades”.
O Andes-SN, porém, recorreu da decisão de arquivamento, baseando-se na premissa de que se o dinheiro público é utilizado para interferir na organização dos trabalhadores haveria, no mínimo, um desvio de finalidade. O recurso foi acatado, em 15/4/2010, pelo procurador da República Paulo Roberto Galvão de Carvalho. Um inquérito vai averiguar as denúncias, que também serão comunicadas ao MPT, para que este órgão também tome as providências que julgar cabíveis.
O Proifes foi criado em 2005, estimulado por setores do governo, como forma de contrapor-se ao Andes-SN. Em 6/9/2008, tentou transformar-se em sindicato nacional, por meio de uma duvidosa assembléia de fundação, realizada na sede nacional da CUT. Cerca de 200 docentes de universidades públicas estaduais e federais foram impedidos de participar dessa assembléia (Informativo Adusp 267). Posteriormente, tentou obter a carta sindical no Ministério do Trabalho e Emprego, sem êxito.  Leia aqui sentença do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Conflito
O repasse de verbas públicas a um dirigente sindical, com o intuito de financiar estudos acadêmicos sobre assuntos (cargos, carreiras e salários) que são objeto de forte disputa entre o governo e as entidades que representam as categorias do funcionalismo público federal, configura conflito de interesses. O movimento sindical combativo sempre se pautou pelo princípio da independência com relação aos patrões e aos governos. Se um dirigente sindical recebe remuneração extraordinária, que extrapola seu salário habitual, em razão de um projeto que lhe foi claramente direcionado por um órgão do governo (o MPOG), perde sua independência.
O presidente do Andes-SN, professor Ciro Correia, reitera que é preciso esclarecer “esses atos oficiais que podem ter sido objeto da motivação fraudulenta de recompensar posturas e práticas anti-sindicais por parte daqueles que têm se arvorado em ‘negociadores’ da categoria”.
O Informativo Adusp encaminhou ao professor Gil Vicente perguntas sobre o caso, não respondidas até o fechamento desta edição, em 14/5

domingo, 16 de setembro de 2012

Fim da greve dos professores

16-09 CNG Informa
O CNG/ANDES - SN, após criteriosa avaliação do quadro das assembléias gerais,
encaminha a suspensão unificada da greve nacional dos docentes das Instituições Federais de Ensino no período entre 17 e 21 de setembro e comunica o respectivo encerramento das atividades deste comando no dia de hoje.
Foram estabelecidas várias ações para a continuidade da mobilização da categoria no enfrentamento dos ataques à educação pública federal que estão materializados no PL 4368/12. 
Seguimos fortes na defesa da reestruturação da carreira e na luta pela valorização e melhoria das condições de trabalho.
A luta é forte, a luta é agora!!!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Governo Dilma aplica 70% da verba publicitária na imprensa conservadora e veta jornal independente

http://correiodobrasil.com.br


Dados divulgados pela Presidência da República, nesta quinta-feira, mostram que apenas 10 empresas de comunicação concentram mais de 70% da verba federal para publicidade, em especial a TV Globo, à qual cabe a parte do leão no butim midiático do Planalto. O argumento da ministra Helena Chagas, da Secretaria de Comunicação, não variou desde o início do governo de Dilma Rousseff. Na opinião dela, “é inevitável que o maior volume de pagamentos seja dirigido a meios e veículos de maior audiência, que atingem um maior público, como é o caso da televisão”. Mas há quem discorde.
O desequilíbrio na distribuição das verbas públicas, no entanto, ocorre no momento em que os dados mostram a discrepância entre o que é pago aos mais de 3 mil veículos cadastrados no Núcleo de Mídia da Secom. Do total de R$ 161 milhões pagos aos meios de comunicação, durante o governo Dilma, com base nos cálculos da audiência a que se refere a ministra Chagas, R$ 112,7 milhões couberam a apenas 10 empresas, enquanto as demais 2.990 dividiram os R$ 48,3 milhões restantes. O Correio do Brasil, embora apresente níveis de audiência e de leitura superiores à maioria dos veículos de comunicação, inclusive no “Grupo dos 10″, segundo auditorias internacionais, foi marcado por sua independência editorial e não integra sequer a lista dos 3 mil veículos de comunicação beneficiados com os recursos públicos.
Levantamento publicado nesta quinta-feira, no diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, um dos 10 maiores receptáculos das verbas do governo, mostra que, desde o início da gestão Dilma Rousseff, um volume ainda não revelado; além dos R$ 161 milhões repassados para emissoras de TV, jornais, revistas, rádios, sites e blogs, saiu dos cofres das empresas estatais controladas pela União.
Globo Comunicação e Participações S.A., responsável pela TV Globo e sites ligados à emissora, abocanhou quase um terço da verba aplicada pela Presidência da Repúlica entre janeiro de 2011 e julho deste ano: R$ 52 milhões. A segunda colocada é a Record, com R$ 24 milhões. A Empresa Folha da Manhã S.A., que edita a Folha, recebeu R$ 661 mil. A Infoglobo, que edita o jornal O Globo, R$ 927 mil. Outro diário conservador paulistano, O Estado de S. Paulo, arrecadou R$ 994 mil. O portal UOL, controlado pelo Grupo Folha, recebeu outros R$ 893 mil.
Vetado
Enquanto permanece o jogo agradável entre o governo federal e as 10 maiores empresas de comunicação do país, que concentram o poder de fogo da mídia conservadora, para os veículos independentes de comunicação o tratamento é o oposto. Para anunciar em jornais, impressos e digitais, a exemplo do Correio do Brasil, o Núcleo de Mídia da Presidência da República exigiu um desconto de 92% na tabela de preços, algo inimaginável no grupo dos 10 beneficiários da mídia estatal. Para se manter, ainda que nas fraldas dos recursos, a maioria dos demais veículos de comunicação, em níveis nacional, regional ou mesmo local, submeteu-se ao critério coordenado pela diretora do Núcleo de Mídia, Dalva Barbosa.
Procurada pelo CdB, Barbosa não atendeu às ligações, mas um de seus assessores revelou que “a política de descontos da Secom é confidencial”. Alertada pela reportagem de que, segundo a legislação em vigor, não há confidencialidade em negócios públicos, a ligação foi direcionada para a Secretaria de Imprensa da Presidência da República, que não conseguiu as informações requisitadas pelo jornal, até o fechamento desta matéria. Embora a maioria dos veículos de comunicação tenha aceitado as pesadas negociações do Núcleo de Mídia, com a desvalorização de suas tabelas em mais de 90%, este não foi o caso do Correio do Brasil.
– Rejeitamos, de pronto, esse tipo de exigência por considerá-la abusiva, desproporcional e uma completa falta de respeito aos nossos critérios comerciais. Caso concedêssemos um volume tão grande de descontos ao governo, seria óbvio que a tabela de preços praticada pelo Correio do Brasil não passaria de uma fraude. O CdB circula há mais de uma década diariamente, de forma ininterrupta, e não pode admitir sequer uma ilação neste sentido. Se ao Núcleo de Mídia, baseado em um critério sigiloso, coube graduar o custo do espaço publicitário no jornal, é de competência do CdB discordar, às claras, de tal avaliação e não vender os anúncios a um preço aviltado – afirmou a diretora Comercial do CdB, Suzana David.
Desde fevereiro deste ano, ao final do prazo estipulado para aceitar, ou recusar-se às exigências ditadas pelo Núcleo de Mídia, diante da resistência do CdB em não se submeter à exigência da Secom, o jornal foi marcado com um “Não” no banco de dados. Ao ser assinalado com a negativa, segundo correspondência oficial, passou a vigorar o veto, a total “impossibilidade do recebimento de mídias do Governo Federal”. OCorreio do Brasil, que mantém um extenso elenco de colaboradores, repórteres e correspondentes nas principais capitais brasileiras, na Europa, EUA e Japão, por assegurar sua política de independência, patrocinada pela venda de assinaturas diretamente aos leitores, mantêm-se firme na decisão de apontar as falhas na política de comunicação da Presidência da República.
Marco zero
Mas o que ocorreu com o CdB não foi um fato isolado. Em sua página na internet, o jornalista Paulo Henrique Amorim também constatou que “sem incluir os investimentos das estatais, como a Caixa, o BB, os Correios e a Petrobrás, por exemplo – chegará à conclusão de que o Governo Federal põe R$ 55 milhões na Globo, por ano. Dá para sustentar 420 mil pessoas no Bolsa Família, num mês. O benefício médio mensal é de R$ 134, incluído o Brasil Carinhoso. Vezes 4 pessoas por família, 1 milhão e 700 mil pessoas”.
“Quando o ansioso blogueiro fala em Globo, fala na Rede Globo de TV,Globo ParticipaçõesGlobosat ProgramadoraRadio Globo São Paulo,Infoglobo (jornal O Globo), jornal Valor (de que a Globo é sócia), Globo Comunicação (internet), e Editora Globo (revista Época). Tudo somado, o Governo trabalhista da Presidenta Dilma ‘aplica’ no centro do Partido da Imprensa Golpista (PIG), ou seja, no marco zero do Golpe, R$ 55 milhões por ano. O Bolsa Família, com o Brasil Carinhoso e o Brasil sem Miséria – tudo somado dá R$ 20 bilhões por ano, ou seja, 0,4% do PIB”, acrescentou.
“A TV lidera o recebimento (sic) de publicidade federal, diz a Folha, com uma verba anual de R$ 115 milhões. A Globo toda somada fica com a metade de toda a verba de publicidade em tevê. E a Globo é 2/3 de toda a publicidade gasta em outras mídia – rádios, jornais, internet e revistas. Para que? Com que retorno? Quem diz que a Globo entrega a audiência por que cobra na tabela de publicidade? A Globo cobra R$ 100 para entregar 50% de audiência. Quem diz que ela entrega 50% da audiência – e por isso merece os R$ 100? Quem diz que a Globo entrega a audiência por que cobra é o Globope” desvenda o jornalista, que coloca em cheque aqueles critérios de audiência aventados pela ministra Helena Chagas, junto com as normativas sigilosas adotadas para a exigência de descontos no Núcleo de Mídia.
Em outra página da internet, ainda nesta quinta-feira, o jornalista, escritor e editor do blog O Cafezinho, Miguel do Rosário, em artigo intitulado Secom abre caixa preta da publicidade, segue adiante nas informações quanto à aplicação da verba pública na mídia conservadora nacional.
“Eu venho fuçando o site da Secom há um tempo e não havia encontrado os valores por veículos. Fiz até um pedido, usando a lei da informação, o qual foi devidamente respondido, com dados e indicações, mas informando que ainda não abriam o gasto por veículo. Como o governo só faz publicidade através das agências licitadas, só aparecia o volume de recursos destinado às estas, e não por veículo. Agora o governo resolveu divulgar o quanto cada veículo de mídia ganha. Eu voltei lá, pesquisei, compilei, sintetizei e preparei uma tabela, com os gastos do governo com publicidade institucional desde o início da atual gestão até o primeiro semestre de 2012″, afirma o jornalista.
“Caras de pau”
Rosário não se surpreendeu, após consultar às informações liberadas pela Secom, “que os grandes grupos de mídia ganham enormes volumes de dinheiro”.
“Pena que a Secom só informa a partir de 2011. Analisando as informações, constata-se que, de fato, o governo ampliou barbaramente o número de veículos que recebem publicidade institucional: eram meia dúzia, agora são mais de oito mil”.
“Mesmo assim, eles (os grandes) não tem do que reclamar, sobretudo as organizações Globo. Esta semana, o blogueiro e colunista Noblat fez seu enésimo ataque à blogosfera, insinuando que blogs recebem dinheiro para defender o governo. O Merval (Pereira, colunista de O Globo) volta e meia fala a mesma coisa: já chegou a mencionar teorias conspiratórias sobre “rede de blogs” montada pelo PT ou governo para atacar a mídia”.
O editor de O Cafezinho concorda, então, que estes representantes da mídia conservadora “são uns delirantes e uns caras de pau”.
“Recebem milhões do governo e vem atacar blogueiros que não ganham um tostão, ou se ganham, como é o caso de dois ou três mais famosos, são valores pequeninos, modestos, irrisórios se comparados aos valores destinados aos veículos tradicionais. Na minha opinião, o governo tinha obrigação democrática de investir mais na blogosfera, fazendo publicidade institucional em centenas de blogs, que é pra fazer os mervais surtarem de vez”.
“Um dia desses eu gostaria de saber quanto dinheiro, exatamente, a Globoganhou de governos desde que a empresa foi fundada, aí incluindo todos os financiamentos de bancos públicos. Em valores atualizados. Seria uma informação bem interessante. É muito fácil posar de independente depois de ganhar uns R$ 10 bilhões do Estado. Enquanto a Globo recebeu, por exemplo, R$ 68 milhões do governo Dilma, de 2011 até junho deste ano, via publicidade institucional, o blog do Nassif recebeu R$ 22 mil. A Agência Carta Maior, que emprega uma equipe numerosa de colunistas e alguns repórteres, recebeu R$ 39 mil. O grupo Abril recebeu R$ 2 milhões”.
Outra constatação relevante de Miguel do Rosário é a de que “os barões da mídia recebem ainda muita publicidade institucional de governos estaduais e prefeituras, não contabilizada pela Secom. Esperemos que todas as esferas de poder respeitem a lei da informação e publiquem o quanto gastam e onde gastam a verba de publicidade institucional.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Docentes da UFF em greve garantem suspensão do calendário acadêmico no CEP


Por unanimidade o Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) aprovou a proposta do movimento docente de manter a suspensão do calendário acadêmico enquanto os professores permanecerem em greve. A reunião aconteceu na Reitoria, às 16h, desta quarta, 5, com a participação dos conselheiros, da Associação dos Docentes da UFF (ADUFF), do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFF (SINTUFF) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE).

O encaminhamento definido prevê a realização de uma reunião extraordinária do CEP no dia 14, aguardando os desdobramentos das assembléias gerais de professores previstas para terça, 11, e quinta, 13 de setembro. A presidente da ADUFF Eblin Farage solicitou também a composição de uma comissão composta por representantes docentes, estudantis e dos técnicos para a elaboração de um calendário acadêmico que garanta a qualidade da reposição de aulas.

Os representantes do SINTUFF e do DCE parabenizaram a greve dos professores por suas vitórias políticas, às quais se soma a decisão tomada no CEP. Os estudantes pontuaram também a importância de que seja garantida uma composição paritária na comissão que irá elaborar o calendário acadêmico.

O Comando Local de Greve vai indicar à Assembleia Geral uma participação maciça na reunião extraordinária do dia 14, para garantir que tenhamos um único calendário de reposição.

ATENS _ Sindicato nível superior


Comunicado
A Comissão Pró-Fundação do Sindicato Nacional dos TNS das Instituições Federais de Ensino Superior comunica a abertura de consulta públicada Minuta do Estatuto da ATENS Sindicato Nacional, a realizar-se entre os dias 01 e 30 de setembro de 2012.
Esta consulta pública, da Minuta do Estatuto, tem por objetivo recolher contribuições/sugestões/propostas para enriquecer e facilitar a sua análise e aprovação durante a Assembleia de Fundação da ATENS Sindicato Nacional.
O processo de consulta pública se dará por meio da página da ATENS Nacionalwww.atensnacional.org.br, no link consulta pública da minuta do Estatuto; (1) faça o download do documento; (2) leia atentamente cada artigo, parágrafo e inciso da Minuta do Estatuto; (3) proponha suas contribuições/sugestões no e-mailconsulta@atensnacional.org.br .
Todas as contribuições/sugestões recebidas serão tabuladas, sistematizadas e contempladas em uma nova Minuta a ser apresentada por ocasião da Assembleia de fundação do ATENS Sindicato Nacional, instância que tem a legitimidade de aprovar o referido estatuto.
Sua participação é muito importante.
Abramos as asas e voemos para sermos o sujeito da nossa história!
Natal/RN, 01 de setembro de 2012.
Rosa Cavalcante da Costa
Presidente da Comissão Pró-Fundação do Sindicato Nacional

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Assembleia indica fim da greve para 17 de setembro


Com uma participação expressiva em que somente no campus da UFSM assinaram o livro de atas 350 pessoas, a assembleia dos docentes na tarde desta terça-feira (4), que durou mais de três horas, indicou para o Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN a saída unificada do movimento paredista para o dia 17 de setembro, com reavaliação na próxima semana. Até lá já se terá o resultado das assembleias de todo o país que, conforme orientação nacional, devem ocorrer até quinta (6).

A proposta de indicar o fim do movimento para o dia 17 foi capitaneada pelo professor Adriano Figueiró, do Comando Local de Greve, e recebeu 165 votos, sendo que estão computados aí os 36 votos de professores do Cesnors, em Frederico Westphalen. Já a proposta de encerramento imediato da greve, apresentada pelo professor do departamento de Solos, Ricardo Dalmolin, recebeu 147 votos, já computados os 3 votos pelo encerramento da greve colhidos no Cesnors. No campus de Santa Maria houve sete abstenções e no Cesnors uma única abstenção. No total foram 350 professores na assembleia de Santa Maria e mais 40 em Frederico Westphalen.

Dilma precisa de Lula para negociar com grevistas, dizem analistas


Terra     -     05/09/2012


Policiais federais e funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foram as únicas classes de servidores públicos que continuaram em greve mesmo após o fim das negociações com o governo federal. Eles alegam que a proposta apresentada pelo Executivo não atende às reivindicações das duas categorias e, por isso, não aceitaram o reajuste de 15,8% e seguem pedindo reestruturação das carreiras e dos salários. Para analistas, os grevistas encontram dificuldades de diálogo com a presidente Dilma Rousseff .

"Sem o Lula, essas categorias estão se sentido mais órfãs. Dilma não é o Lula, não vem de experiência com movimentos sindicais e está sendo obrigada a fazer papel de antipática ao dizer 'não', porque não há alternativa", diz o analista político Paulo Kramer, professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB). Para ele, a presidente precisará da ajuda de seu antecessor para mediar essas negociações. "Parece que, com uma participação mais efetiva do ex-presidente Lula, os resultados poderiam ser melhores", afirma.

Na opinião da cientista política Elizabeth Balbachevsky, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), "a presidente Dilma tem algumas características que a tornam mais difícil de ser palatável para os movimentos". "Ela também está enfrentando uma situação econômica mais complicada, que é sim uma herança maldita do governo Lula", afirma. "O governo federal não tem como ceder às exigências, que são bastante altas e implicam reajustes muito acima da inflação para muitas categorias", disse.

Representante dos policiais federais, Marcos Wink afasta a polêmica com a presidente e diz que não quer uma queda de braço. "Nós não estamos medindo forças com ninguém, não queremos colocar governo nenhum de joelhos", afirma o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). Ele argumenta que a greve continua porque as reivindicações vão além do aumento salarial, mesmo argumento usado pelos servidores do Incra. Wink alega que, se for preciso, "nós abrimos mão de aumento no ano que vem em troca de uma proposta que atenda nossas reivindicações".

Os policiais federais afirmam que a greve só terminará quando o governo apresentar um cronograma para a reestruturação das carreiras dos agentes, escrivães e papiloscopistas. Os servidores desses cargos recebem salário inicial de R$ 7,5 mil, pouco mais da metade do vencimento inicial dos delegados federais. Os policiais querem que as funções sejam equiparadas às carreiras típicas de Estado, como a de auditor da Receita Federal ou a de oficial da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Orientados pela Fenapef e pela Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra (CNASI), ambas entidades sindicais filiadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT), os servidores em greve continuam uma série de ações para pressionar o governo. Para Paulo Kramer, isso é um sinal de que "a inflação, que achávamos que era um fantasma exorcizado, está voltando". Na opinião do analista político, os funcionários públicos têm mais estabilidade para promover esses movimentos e suas reivindicações podem ser avaliadas como um termômetro da economia.

Kramer lembra que o setor sindical foi, historicamente, apoiador de Lula e, por isso, o prestígio do ex-presidente junto a essas categorias seria um facilitador nas negociações. "De um lado temos Dilma se desvinculando da dependência que tinha de Lula e, de outro, a necessidade de ajuda nas negociações com essas categorias. Vamos ver para que lado a balança vai pender", afirma o analista político.

Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais cresceram no mês de agosto, quando pelo menos 25 categorias entraram em greve. O Ministério do Planejamento estima que a paralisação tenha envolvido cerca de 80 mil servidores, enquanto os sindicatos calculam que 350 mil funcionários aderiram ao movimento. Desde março, quando foi iniciado o processo de negociação salarial, foram realizadas mais de 200 reuniões para discutir reajustes, com mais de 31 entidades sindicais. 

Após apresentar proposta de aumento de 15,8%, dividido em três anos, o governo encerrou as negociações com os servidores.

A greve da PF
Dos 8.940 agentes, escrivães e papiloscopistas da PF, cerca de 7 mil estão parados, de acordo com a Fenapef. A categoria já tem um calendário de mobilizações fechado até dezembro deste ano e justifica a greve pela necessidade de pressionar o governo. "Nós nunca tivemos preocupação com o orçamento para o ano que vem", afirma o presidente da Fenapef, Marcos Wink, ao argumentar que o movimento dos policiais federais foi colocado "em um balaio" junto com os demais servidores que pediam apenas aumento salarial. Ele diz que desde que a categoria anunciou a continuação da greve, não houve nova rodada de negociações com o Ministério do Planejamento.

Além do impasse com o governo, ainda há um conflito interno, admitido por fontes da Fenapef, entre agentes e delegados. Com a reestruturação pedida, os agentes seriam equiparados a delegados e peritos. 

Os delegados resistem à proposta, pois temem que ocorra uma quebra de hierarquia. "Eles não conseguem atingir o objetivo deles, que é ganhar igual aos ministros do Supremo, e tentam colocar entraves nas nossas negociações", disse Marcos Wink. De acordo com ele, não existe, dentro da Polícia Federal, o conceito de hierarquia entre cargos. "A ministra do Planejamento, por uma série de funções que acumula, ganha mais que a presidente, por exemplo, e não existe nenhuma quebra de hierarquia por causa disso", argumenta.

A greve do Incra
Entre os funcionários do Incra, o número de trabalhadores parados ainda é incerto. Na última quarta-feira, as superintendências regionais realizaram assembleias para definir o futuro do movimento e a maioria votou pela continuação da greve. Os representantes da categoria afirmam que esperam realizar reuniões com o Planejamento este mês para discutir a reestruturação das carreiras.

De acordo com Reginaldo Aguiar, diretor da CNASI, os servidores montaram uma frente para pressionar deputados e senadores para que sejam feitas emendas ao Orçamento Geral da União (OGU) que garantam "melhorias remunerativas". "O fato de estarmos em greve traz várias vantagens: uma delas é liberar o pessoal para participar do movimento e, além disso, é uma forma de pressionar pelas nossas reivindicações", afirma Aguiar.

Servidores das agências
Assim como os policiais federais e os servidores do Incra, os funcionários de dez agências reguladoras (Anvisa, Anac, Anatel, Aneel, entre outras) também não assinaram o acordo com o governo para o reajuste de 15,8%, mas suspenderam a greve. De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores das Agências de Regulação (Sinagências), os grevistas voltaram ao trabalho na última segunda-feira. O comando de greve da categoria foi transformado em comando de mobilização permanente e vai buscar junto ao Congresso Nacional emendas no orçamento para 2013.

Segundo o Ministério do Planejamento, as rodadas de negociações terminaram um dia antes de o governo enviar para o Congresso o Orçamento Geral da União (OGU) para o ano que vem. Dessa forma, nenhuma alteração será feita pelo Executivo na previsão de gastos do País para 2013 e, de acordo com a pasta, qualquer negociação que ocorra agora só poderá ser feita com base no orçamento para 2014.

Não basta só a Dilma....

Olha como o pessoal lida com a educação...


Tarso e outros cinco governadores entram com ação no STF contra cálculo de reajuste do piso do magistério

Estados defendem projeto prevê a correção com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que, na prática, resultaria em reajustes menores

Governadores de seis Estados, entre eles o chefe do Executivo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, entraram com uma ação contra a lei que cria o piso nacional para professores da rede pública. A ação foi impetrada na terça-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) e questiona o Artigo 5° da lei, que trata do cálculo do reajuste do piso.
Pelas regras, o piso deve ser reajustado anualmente a partir de janeiro, tendo como critério o crescimento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Entre 2011 e 2012, o índice foi 22% e o valor passou de R$ 1.187 para R$ 1.451. A Adin é assinada pelos governadores de Mato Grosso do Sul, Goiás, do Piauí, Rio Grande do Sul, de Roraima e Santa Catarina. O relator do processo no STF será o ministro Joaquim Barbosa.
A Lei do Piso foi sancionada em 2008 e determina um valor mínimo que deve ser pago aos professores da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, disse nesta quarta-feira que foi surpreendido pela decisão.
- A lei agora está sub judice. Estamos no limbo, porque tem um projeto na Câmara que trata dessa questão, um grupo de trabalho que está prestes a apresentar resultados, uma câmara de negociação no Ministério da Educação e os governadores dão mostra de que não querem negociar - disse.
Conforme Leão, se o STF acatar o pedido dos governadores e derrubar o artigo que regulamenta o reajuste, cada Estado poderá definir um cálculo para corrigir o piso, o que representará perdas para os professores:
- Os governadores estão criando um problema para eles. Não existindo mais o balizador do reajuste, cada estado vai fazer a sua luta, vai ter muito mais greve.
A CNTE defende o cumprimento da lei e também é contrária à proposta que tramita na Câmara dos Deputados e que altera o cálculo do reajuste. Defendido pelos Estados, o projeto prevê a correção com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que, na prática, resultaria em reajustes menores.

Professores da UFMG, UFBA e UFPE encerram greve de quase 4 meses


Professores de três grandes universidades federais decidiram nesta quarta-feira (5) encerrar a greve de quase quatro meses e retomar as aulas nas próximas semanas. Os docentes da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal  de Minas Gerais (UFMG), e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) votaram pelo fim da paralisação. Eles começam a estruturar o calendário de reposição das aulas.
Em outras seis universidades, professores votaram pela continuidade da greve. Nesta quinta-feira (6) termina o prazo dado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes) para que as associações docentes de cada universidade fizessem assembleias para definir se saem ou não da greve, iniciada no dia 17 de maio. A paralisação chegou a ter adesão em 56 das 59 universidades federais. Com a saída dos professores destas três universidades, a greve prossegue em 41 instituições.
Professores decidiram terminar a greve no dia 13 de setembro. (Foto: Comando de Greve/Divulgação)Docentes da UFPB votam pelo indicativo de encerrar a greve no dia 13 (Foto: Comando de Greve/Divulgação)
Professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiram em assembleia, nesta quarta-feira (5), acabar com a greve iniciada no dia 19 de junho na instituição. Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, os docentes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) aprovaram o fim da greve, após 112 dias de paralisação. As atividades serão retomadas no dia 17 de setembro. Em Salvador, os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) votaram a favor do fim da greve da categoria, que deve ser encerrada na quinta-feira (13). À noite, os professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) aprovaram o indicativo unificado de suspensão da greve a partir do dia 17 deste mês.
Os docentes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), do campus de Londrina, também anunciaram o fim da paralisação. Na terça-feira (4), professores das federais da Fronteira do Sul (UFFS) votaram pelo fim da greve e o retorno das aulas no dia 10. E os docentes da Universidade Federal do Sergipe votaram pelo indicativo do fim da greve.
Professores aprovaram a continuidade da greve (Foto: Divulgação/Adua)Professores da Ufam aprovaram a continuidade
da greve (Foto: Divulgação/Adua)
Já haviam anunciado a saída da greve os professores das federais do Rio de Janeiro (UFRJ), São Carlos (UFSCar), Ceará (UFC), Brasília (UnB), Rio Grande do Sul (UFRGS), Santa Catarina (UFSC), da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), além do campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
No entanto, em outras assembleias realizadas entre segunda e quarta-feira, os professores votaram pela continuidade da greve. São os casos dos professores daUniversidade Federal do Mato Grosso (UFMT)Universidade Federal do Paraná (UFPR)Universidade Federal da ParaíbaUniversidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), e Universidade Federa Rural de Pernambuco (UFRPE).
Dia decisivo nesta quinta
Esta quinta-feira (6) é o dia final dado pelo Andes para que as assembleias definam pela continuidade ou não da greve. Assembleias estão marcadas em várias universidades, como na Universidade Federal de Goiás (UFG), e na Universidade Federal do Ceará (UFC), na qual os docentes já votaram o fim da greve mas podem até decidir pelo retorno ao movimento.
"O Comando Nacional de Greve reafirma a continuidade da greve e a necessidade de avaliação do movimento e da correlação de forças necessária aos enfrentamentos que se impõem, produzindo encaminhamentos e agenda de trabalho. Outrossim, pautar, nas próximas assembleias, a discussão dos horizontes da greve e o debate sobre a suspensão unificada da greve nacional dos docentes", diz a nota emitida pelo Andes na segunda-feira (3).
O Andes pede para que as assembleias de professores das universidades e institutos federais avaliem: a continuidade da greve; se a decisão for pela suspensão do movimento, definir quando as aulas serão retomadas; analisar o projeto de lei enviado ao Congresso Nacional para a reestruturação da carreira docente (PL4368/2012) e propor elementos para definição das estratégias de ação frente à sua tramitação; insistir no pedido de audiência com o Ministro de Educação; manter a realização de atos públicos pela reabertura de negociação; estabelecer estratégias junto aos sindicatos de servidores (Sinasefe e Fasubra); e unificar a participação dos comandos de greves locais.
Colégio Pedro II poderá receber alunos do IBC e Ines (Foto: TV Globo/Reprodução)Justiça concedeu liminar determinando a volta às
aulas no Colégio Pedro II, no Rio (Foto: TV Globo/
Reprodução)
Institutos federais
O Sinasefe enviou a professores e servidores técnicos e administrativos representados pelo sindicato um comunicado no qual orientam que eles encerrem a greve e retomem as aulas a partir da próxima segunda-feira (10). Caso as assembleias que estão sendo realizadas pelos funcionários até sexta-feira (7) aceitem o indicativo nacional, esta pode ser a última semana da paralisação nos 38 institutos e dois centros federais de ensino técnico.
Nesta quarta-feira,  aJustiça Federal concedeu liminar determinando que em até cinco dias o Colégio Pedro II apresente um acordo que assegure o imediato retorno das aulas para alunos do 3º ano do ensino médio de todas as suas unidades.
Negociações encerradas
O Ministério da Educação diz que as negociações com os professores estão encerradasdesde 3 de agosto, quando a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) assinou o acordo com o governo. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, quer a reposição integral das aulas interrompidas pela greve dos professores nas instituições federais de ensino superior.
Entenda o acordo do governo e a contraproposta do sindicato
Acordo do governo com Proifes (03/08)Contraproposta feita pelo Andes-SN (23/08)
Teto salarial para regime de 20 horas semanais
R$ 5.041,94R$ 5.656,22
Teto salarial para regime de 40 horas semanais
R$ 7.859,61R$ 11.312,41
Teto salarial para regime de dedicação exclusiva
R$ 17.057,74R$ 17.534,20
Fonte: Andes-SN, Proifes
No dia 23 de agosto, o Andes protocolou uma contraproposta ao governo federalsobre a reestruturação da carreira docente. No documento, o Andes afirma que aceita o piso salarial proposto pelo Ministério do Planejamento de R$ 2.018,77 para professores em início de carreira e regime de trabalho de 20 horas semanais e reduz de 5% para 4% os degraus entre níveis remuneratórios.
Pela contraproposta do sindicato, o reajuste seria maior que o proposto pelo governo para professores em regime de 40 horas semanais, mas o teto salarial do professor com doutorado e regime de 20 horas semanais ou dedicação exclusiva com a universidade seria apenas um pouco mais alto (veja tabela ao lado).
O Andes considera ainda uma estrutura da carreira com 13 níveis, enquanto a proposta final do governo divide os níveis em cinco classes, incluindo a de professor titular, onde só existe um nível. O MEC afirmou que a proposta feita pelo Andes "defende um investimento superior a R$ 10 bilhões e o fim da titulação como critério de progressão". O acordo do governo com o Proifes, segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tem impacto de R$ 4,3 bilhões.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

UFPR DERRUBA EBSERH E NÃO PRIVATIZA SEU HOSPITAL UNIVERSITÁRIO


Conselho Universitário (Coun) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) aprovou na manhã desta quinta-feira (30) resolução contrária à implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) no Hospital de Clínicas (HC) da UFPR. De acordo com o reitor da instituição, Zaki Akel Sobrinho, a universidade invocou a própria autonomia para tomar a decisão.
A adesão à Ebserh vem dividindo opiniões em universidades do Brasil desde abril, quando o governo apresentou a ideia. Com a vinculação à empresa, as universidades abrem mão da administração dos hospitais universitários, e a gestão desses espaços fica por conta da empresa. A contratação dos funcionários passa a ser feita por meio de processos seletivos simplificados (nos dois primeiros anos) e concurso público, a partir desse prazo, segundo o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
“Fizemos uma análise detalhada da proposta e resolvemos não aceitar. A adesão total para nós não é interessante porque fere a autonomia da universidade. E essa apreciação não é apenas nossa, até hoje apenas 10 das 43 universidades federais aderiram à empresa, o que mostra que é preciso escolher outro cenário para resolver os problemas dos hospitais universitários”, afirmou Akel Sobrinho. “Resolvemos trazer esse assunto para a pauta do Coun porque era um assunto que já estava gerando insegurança entre os servidores”, completou.
Para o governo, a Ebserh seria uma forma de acabar com os problemas de verbas e contratação de pessoal que comprometem o funcionamento dos hospitais. Na visão do reitor, no entanto, a Ebserh não resolve, principalmente, o segundo. No HC da UFPR, segundo o reitor, cerca de 100 leitos estão fechados por falta de pessoal e seriam necessários aproximadamente 600 novos funcionários para recompor o quadro, o que não seria possível com a adoção da Ebserh. “Rejeitada a Ebserh, vamos buscar, com lideranças do governo e com o MEC, outras formas de resolver isso”, afirmou.
Fonte: Gazeta do Povo