ANDREZA MATAISJOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
A
Procuradoria da República abriu uma investigação para apurar se o ministro Guido
Mantega (Fazenda) cometeu improbidade administrativa por omissão em relação ao
suposto esquema de corrupção na Casa da Moeda.
Entre
2010 e o fim do ano passado, o ministro e seu gabinete receberam diversos
avisos, entre eles ao menos um ofício, sobre a existência de irregularidades na
Casa da Moeda. Porém, Mantega não teria tomado nenhuma medida.
A
investigação, ainda em caráter preliminar, tem prazo de 180 dias para ser
concluída. Depois, é aberto um inquérito civil.
Como
a Folha revelou em fevereiro, Mantega manteve o
economista Luiz Felipe Denucci Martins no cargo de presidente da Casa da Moeda
mesmo depois de ter sido informado de suspeitas de corrupção no órgão.
O
ministro, em audiência no Senado, confirmou que só decidiu afastar o subordinado
no fim de janeiro, após ter sido informado de que a Folha estava preparando uma reportagem sobre
o caso.
O
CASO
Um
conjunto de documentos de uma operadora financeira em Londres apontam que, entre
2009 e 2011, offshores em nome de Denucci e sua família movimentaram cerca de R$
50 milhões em contas no exterior.
O
dinheiro seria resultado do pagamento de comissões por fornecedores da Casa da
Moeda. Denucci nega as suspeitas.
O
ex-diretor da Casa da Moeda já era investigado pela Polícia Federal por supostas
operações irregulares com dinheiro, cerca de R$ 1,8 milhão, que trouxe do
exterior por meio de um banco nos Estados Unidos.
O
caso será conduzida pelo procurador Júlio Carlos Schwonke, titular do 3º Ofício
de Patrimônio Público, órgão de primeira instância.
A
representação que originou a abertura da investigação foi protocolada por
senadores da oposição na Procuradoria Geral da República. O procurador-feral,
Roberto Gurgel, transferiu o caso para a primeira instância.
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