quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Perseguição na UFPel: Servidora denuncia afastamento por participação na greve

Fonte: http://www.asufpel.com.br


Após cinco anos lotada no Departamento de Finanças e Contabilidade da Pró-Reitoria Administrativa da UFPel, a administradora Luisinelli dos Santos Pires perdeu seu cargo de chefia no Núcleo de Liquidação de Despesas e foi transferida para a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. O que chama atenção ao caso é a justificativa para a mudança: a participação da servidora na greve deste ano.
A transferência de Luisinelli foi o ponto final da condenável perseguição promovida pela diretoria do departamento aos grevistas e iniciada já na primeira etapa da greve, quando todos os servidores receberam notificações oficiais para comparecer ao trabalho. Os servidores técnico-administrativos tão logo receberam a notificação, procuraram o Comando Local de Greve e a Comissão de Ética. Cabe destacar que em nenhum momento os servidores negaram-se a realizar os serviços essenciais. A chefia não procurou a Comissão de Greve, preferindo o caminho da retaliação.
Na segunda etapa da greve os servidores voltaram a sofrer perseguição e ameaças. "Quando fui informar ao diretor de que iria aderir a segunda fase da greve fui questionada se estava consciente de que ao fazer isso poderia perder a chefia do núcleo", conta a Luisinelli. Conforme decidido entre os colegas e acordado com a Comissão de Ética, foi montada uma escala de trabalho para manter o funcionamento das tarefas essenciais do departamento durante todo o período de greve.
No retorno ao trabalho no dia 30/09, a servidora foi chamada a sala do diretor e informada de sua exoneração do cargo de chefia do núcleo e sua remoção para outra unidade.
"Ao informar sobre minha remoção do departamento o diretor deixou claro que o motivo era a participação na greve e o fato de me identificar como uma liderança do movimento dentro do departamento", diz.

Outros casos
O que ocorreu com a servidora Luisinelli não é fato isolado naquele setor. Há outros casos. Em um deles, ao fim da greve, uma servidora teve seu horário de trabalho alterado. Moradora de outra cidade, ela tinha um acordo de iniciar sua jornada de trabalho às 9h ( compensando no intervalo do meio-dia). Após o término da greve, foi comunicada pela chefia que não haveria horário diferenciado no DFC. Ela foi obrigada, então, a alugar um apartamento para poder cumprir o novo horário. Há situações em que servidores foram pressionados a mudar de setor, em flagrante configuração de assédio moral.
A coordenação da ASUFPel-Sindicato acompanha de perto as medidas que deverão ser adotadas pelo reitor contra tais práticas truculentas.

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