quinta-feira, 28 de julho de 2011

Entendendo a pauta

Fonte: http://www.fasubra.org.br/phocadownload/documentos/jornal/jornalCNG_01.pdf

No acordo da greve em 2007, ficaram pendentes alguns pontos para negociação no período pós-greve com reuniões previstas logo depois da assinatura do acordo. Ficaram pendentes a racionalização dos cargos, a mudança dos percentuais e da estrutura do incentivo à qualificação e reajuste dos benefícios, conforme resultado dos estudos do GT-Benefícios, instituído no âmbito do MEC. Ficou pendente, também o aperfeiçoamento da carreira.
A FASUBRA foi às reuniões previstas e lá apresentou e discutiu toda a pauta, atuando em duas frentes: a mesa aberta no Ministério do Planejamento e na Comissão Nacional de Supervisão da Carreira, no Ministério da Educação. Diversas reuniões ocorreram durante três anos, até que em outubro de 2010 o governo deu sua resposta: não tinha condições de fechar acordo, pois estava terminando o governo. Por outro lado, o governo faria todo o memorial das negociações para o próximo governo, e afirmou que o novo governo teria um prazo até abril para propor alterações no orçamento, por tratar-se de novo governo, sendo o período de janeiro até abril propício para fechar negociação.
Retomamos as reuniões em 2011. Acertamos uma agenda de três reuniões com o governo para discutir a pauta. A primeira reunião foi adiada acumulando discussão para a segunda, realizada em 24 de maio, com os t ema s : r a c i o n a l i z a ç ã o , a n e x o IV, reposicionamento dos aposentados e VBC. Nessa reunião o governo tratou a FASUBRA com total descaso, sem apresentar uma proposta, e problemat izando o que apresentamos, da mesma forma que fez nos quatro anos anteriores. Essa postura levou a Direção da FASUBRA a tirar uma posição unânime de exigir do governo repostas efetivas à pauta na próxima e última reunião, ou defenderíamos a greve na plenária marcada para o dia 6 de junho. Nessa reunião, na qual estava prevista a discussão de benefícios e ações judiciais, o governo, através do secretário de Recursos Humanos do MPOG, Duvanier Paiva, transformou a reunião em uma discussão sobre a questão da greve.
O secretário, então, remarcou a discussão sobre benefícios para o dia 7 de junho e garantiu que, com ou sem greve, a reunião ocorreria, reafirmando que o governo sempre se dispôs a negociar com ou sem greve. O Ministro da Educação chamou a FASUBRA para reunião no dia da plenária e apresentou documento sugerindo que suspendêssemos o indicativo de greve, sem apresentar nenhuma proposta concreta. A greve foi deflagrada e o governo rompeu com sua palavra, não recebendo os trabalhadores no dia 7, mantendo-se até hoje na intransigência de não receber os trabalhadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário