quarta-feira, 4 de julho de 2012

Após ocupação, estudantes passam a noite no prédio da reitoria da UnB


Movimento reivindica principalmente mudanças na assistência estudantil.
Assessoria da UnB disse que decana irá receber estudantes nesta quarta.


Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) invadiram o prédio da reitoria nesta terça-feira (3). Cerca de 40 universitários passaram a noite na sala do reitor José Geraldo de Souza Júnior. O movimento estudantil reivindica principalmente mudanças na assistência estudantil.

Reportagem do Bom Dia DF mostrou que, de acordo com os alunos, atualmente um estudante de baixa renda para ter direito a uma bolsa no valor de R$ 465 precisa trabalhar 12 horas semanais na instituição. Uma das reivindicações dos manifestantes é por fim a essa exigência. O grupo quer que a UnB mantenha o benefício avaliando apenas o rendimento escolar do estudante.
“Nós acreditamos que a assistência estudantil na Universidade de Brasília não é levada a sério. A gente só vai sair daqui com as nossas pautas respondidas”, enfatizou a estudante Danyelle Carvalho.
Cerca de 50 estudantes ocupam a sala do reitor da Universidade de Brasília (Foto: Reprodução/TV Globo)Cerca de 50 estudantes ocupam a sala do reitor da Universidade de Brasília (Foto: Reprodução/TV Globo)
Os estudantes pedem ainda que a universidade avalie as questões da concessão de dinheiro ou auxílio emergencial para moradia; pagamento de indenização aos estudantes pelo fechamento do Restaurante Universitário (RU) e a negociação com DFTrans para garantir o passe estudantil durante a greve.
A assessoria de comunicação da UnB informou que está prevista para esta quarta-feira (4) uma reunião entre os estudantes e a decana de Assuntos Comunitários, Carolina Cássia, para avaliação da pauta de reivindicações.
Professores
A greve dos professores da Universidade de Brasília (UnB) completa 45 dias nesta quarta-feira (4). De acordo com informações do Bom Dia DF, 90% dos professores pararam de trabalhar e 39 mil estudantes estão sendo prejudicados pela falta de aulas.
De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da UnB, Rafael Morgado, a discussão da questão salarial é uma das pautas mais importantes para o movimento grevista . “A nossa principal reivindicação é a reestruturação da nossa carreira. E tem uma questão salarial muito importante nessa carreira”, disse Morgado.

Na última quinta (28), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior informou que a mobilização nacional de professores das instituições federais de ensino pela reestruturação da carreira docente chegou à adesão de 95% das instituições. Das 59 universidades, 56 têm professores parados.
Além de professores, técnicos-administrativos da UnB também estão em greve desde o dia 11 de junho. Eles querem reajuste salarial de 28% e um plano de carreira. A Biblioteca Central da universidade e o Restaurante Universitário (RU) também estão fechados.

“A biblioteca não é considerado um serviço essencial. Até o momento, não houve nenhuma demanda por parte da área estudantil no sentido de que a universidade negociasse a abertura da biblioteca”, disse a decana de Gestão de Pessoas, Gilca Starling.

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