segunda-feira, 23 de julho de 2012

Novo protesto em 2 de agosto

Correio Braziliense     -     21/07/2012

Depois de quatro dias de protesto, os servidores públicos federais encerraram ontem o acampamento que mobilizou milhares de grevistas em campanha salarial. O movimento, que reuniu cerca de 10 mil manifestantes em marcha na última quarta-feira pela Esplanada dos Ministérios, superou as expectativas dos líderes sindicais, que consideram o balanço final do evento como positivo. Mesmo com todo o barulho feito pelos servidores na última semana, no entanto, o Palácio do Planalto não apresentou uma proposta concreta de reajustes ao funcionalismo.

Os grevistas garantem que, enquanto tal impasse continuar, manterão os braços cruzados. Em plenária, ele decidiram, inclusive, promover outra grande manifestação em vários estados em 2 de agosto próximo. "O governo não deve apresentar uma proposta favorável aos servidores em 31 de julho. Dessa forma, o Palácio do Planalto força que a greve avance para agosto", afirmou o coordenador da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), Rogério Marzola.

Os líderes da entidade se reuniram, na quinta-feira, com o secretário de Relações do Trabalho do Planejamento, Sérgio Mendonça. Ele reforçou aos sindicalistas que ainda não há previsão de reajuste. "Do jeito como está sendo feito, não há diálogo. O governo decide o que quer e só nos comunica. Isso não é negociação", desabafou Marzola.

O diretor da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Silva, acrescentou que confia no movimento e que os grevistas continuarão pressionando o governo. "Não adianta o Planejamento chamar para conversar e enrolar a gente. Queremos negociar. Não podemos desanimar", disse.

Durante os dias em que ficaram acampados, os trabalhadores fizeram passeatas e piquetes. Para engrossar as mobilizações, 10 agências reguladoras, além do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), aderiram as paralisações pela primeira vez na história desses órgãos. Sem um sinal claro do governo sobre aumento de salário, a categoria deliberou greve por tempo indeterminado.

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