terça-feira, 26 de junho de 2012

Assembleia chamada pela Assufsm ocorreu nesta terça-feira


Publicada em 26/06/2012 17h44m
Atualizada em 26/06/2012 17h45m

Professor Claudio Losekann explica situação dos docentes em greve
Em uma assembleia com bastante participação, os técnico-administrativos em educação (TAEs) informaram sobre as últimas atividades realizadas, discutiram algumas questões relacionadas às pautas da categoria, além de dialogar com os demais segmentos grevistas: docentes e estudantes.
Representando o Comando de Greve docente, o professor Claudio Losekann fez a leitura das reivindicações da categoria e resgatou brevemente o histórico de negociações, fracassadas, entre a categoria e o governo federal. Losekann encerrou lendo trecho do texto “A greve, o feijão e o sonho”, de autoria de Aloizio Mercadante, quando este era vice-presidente do ANDES-SN no ano de 1984.
O texto, em linhas gerais, critica a desvalorização docente e defende o direito de greve dos docentes de então. Um trecho é sintomático e contraditório, dada a postura negligente que o atual ministro tem adotado para com os docentes e as políticas privatizantes que vem sendo implementadas pelo governo: “Nota-se que há uma crescente desobrigação do Estado com relação à universidade. Tal postura tem sido acompanhada de um acelerado processo de privatização do ensino superior, uma política que desarticula projetos importantes de pesquisas e produção científica e deteriora qualquer projeto educacional voltado à sociedade brasileira”.
Marcius Fuchs representou o Comando de Greve dos estudantes e, em sua fala, relembrou a Frente de Lutas Contra a Reforma Universitária, criada em 2007, quando da sinalização do Reuni. O estudante também ressaltou as ocupações de reitoria ocorridas em 2007 e 2011 e o cenário de mais de 30 universidades federais em greve estudantil atualmente no país. Ao final, entregou a pauta de reivindicações dos estudantes ao comando dos TAEs.
Na assembleia, foi feito o informe da reunião do comando dos TAEs com a direção do Hospital Universitário da UFSM (HUSM), em que essa fez o pedido para que o comando de greve entre em contato com a 4ª coordenadoria de saúde, a fim de que o hospital não sofra com corte de verbas. Como o HUSM precisa atingir certas metas estipuladas, a paralisação dos serviços pode comprometer tal ação, resultando, assim, em diminuir recursos destinados ao Hospital.
Pauta de reivindicações
A leitura das pautas específicas e nacionais elencadas pelos técnico-administrativos em greve foi realizada, e certos pontos geraram discussão, como o Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), que hoje apresenta 16 padrões e 4 níveis.
Os técnicos falaram a favor da valorização para todos os profissionais de educação, não importando as tarefas que eles exercem. Uma jornada de trabalho de 30 horas para todos os técnicos sem redução do salário é uma das defesas dos grevistas, que objetivam isonomia e igualdade na carreira.
O psicólogo Caio Cesar Píffero lembrou que a greve não se baseia só em questões salariais. “Somos técnico-administrativos em educação, mas quantos aqui se sentem profissionais da educação? Vocês se dão conta do papel educacional que nós temos?”, pergunta o grevista à plenária. O secretário de comunicação da ASSUFSM, Alcir Martins, reforçou a fala de Caio, lembrando que os TAEs travam uma importante luta pela defesa da autonomia universitária, e isso perpassa por barrar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) na UFSM. Alcir também lembrou que nesta quarta-feira, 27, passados 17 dias desde a deflagração de greve, ocorrerá a primeira reunião de negociação dos TAEs com o governo federal.
O técnico Adriano Sá Brito trouxe a discussão do ponto eletrônico, que, em sua visão, deveria ter sido contraposto pela categoria. “Tem que ser cobrada a presença de todos aqui dentro, pois são todos servidores federais. É preciso diminuir o abismo entre docentes e técnicos”, disse ele, referindo-se a não cobrança de ponto eletrônico aos docentes. Também foi levantado o problema do desvio de função com que a categoria vem sofrendo, sendo os trabalhadores deslocados para funções que não competem às suas habilidades e não lhe concedem satisfação.
Para a próxima quinta-feira, 28, ocorrerá uma assembleia temática da categoria, no auditório Flavio Schneider (CCR), que discutirá somente a Empresa de Serviços Hospitalares (EBSERH). Na sexta-feira, 29, a reunião do comando de greve dos TAEs será na reitoria da UFSM, às 8h30min.
Texto e fotos: Bruna Homrich (estagiária)
Edição: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM

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