sábado, 2 de junho de 2012

Negociação salarial 2012: a palavra de ordem do Governo é cautela



mpog 
A reunião entre as entidades classistas com o Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG) foi um verdadeiro teste de paciência. Adiada duas vezes, foi realizada hoje, sexta-feira (01), na Esplanada dos Ministérios em Brasília.
A comitiva responsável pelas negociações com o Governo compareceu em massa. Ao todo 15 entidades, com 29 representantes, foram recebidas pelo secretário de Relações de Trabalho do MPOG Sérgio Mendonça.
A Federação dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (FASUBRA) contou com a participação de dois representantes, os coordenadores gerais Janine Vieira Teixeira e Paulo Henrique Rodrigues dos Santos. E, também, representando a Central dos trabalhadores do Brasil (CTB) João Paulo Ribeiro e Igor Pereira.
Com discurso evasivo, o secretário Sergio Mendonça não apresentou nenhuma posição concreta e objetiva, culpando apenas a crise mundial. "Há uma avaliação de que estamos entrando numa questão muito complicada. A crise internacional irá atingir os países emergentes e, infelizmente, o Brasil não ficará imune a tudo isso. É claro que o Governo Federal está tomando todas as medidas para poder sanar o problema, mas esse fator tem que ser considerado até nas nossas negociações", informou o secretário.
Segundo a FASUBRA esses argumentos são vagos e desprovidos de fundamento. "A nossa intenção é valorizar o servidor público. Não existe valorização sem investimento no trabalhador. Quando pensamos que o Governo está progredindo no diálogo, ele edita uma medida provisória que, além de não acrescentar nada para o servidor, ainda tira o que ele já tinha conquistado. O governo precisa repensar sua postura. Será que empurrar a categoria para realizar greves é a melhor opção?", indagou , um dos representantes da FASUBRA na reunião.
Para a Federação o governo está levando os servidores à uma paralisação. "Cada reunião com o governo tem sido frustrante. Quando o Governo coloca que, por causa da crise mundial, a palavra de ordem é cautela, e não existe nenhuma perspectiva de negociação, deixa a classe trabalhadora sem opção. Essa falta de posição não pode ser a postura do governo com os servidores. Diante disso, informamos que faremos uma plenária nos próximos dias. No dia cinco acontece a nossa Marcha e no dia 11 entraremos em greve", declarou a coordenação durante a reunião.
 Por João Camilo
Jornalista

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