terça-feira, 26 de junho de 2012

Greve na UFGD atinge 70% da adesão de funcionários em Dourados

MS Record

Em Dourados, a manhã de hoje (26) foi de protesto na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), onde  a adesão já chega a 70%. E com um agravante, o maior hospital público do interior do Estado também está com o atendimento comprometido por causa da paralisação.

Nariz de palhaço e um pequeno caixão que segundo os manifestantes, simboliza a crise no ensino público superior no país. Servidores administrativos e professores da Universidade Federal da Grande Dourados a UFGD saíram pelas ruas em protesto por melhores salários e condições de trabalho. Eles fizeram muito barulho.

Com o apoio inclusive dos acadêmicos que continuam fora das salas de aula devido a greve, o protesto foi pra chamar a atenção de todos sobre a falta de negociação com o Governo Federal. Até o momento nenhum sinal de acordo, nenhuma proposta, revelam com indignação os professores da UFGD.

"Efetivamente hoje nós estamos sem negociação. Havia uma reunião prevista para  o dia 19, o Governo cancelou essa reunião e indicou que brevemente chamaria para uma nova rodada de negociação", diz o presidente do sindicato dos professores da UFGD, Adauto de Oliveira Souza.

Entre servidores administrativos e professores, o quadro de funcionários da UFGD soma mais de 1.300 trabalhadores. A greve atinge 70% de adesão. A paralisação dos professores já dura um mês. As férias de julho estão comprometidas e o calendário acadêmico terá de ser todo revisto. Mas isso depois de sair a negociação com o governo e os educadores decidirem retornar as salas de aula.

São os reflexos da paralisação na Universidade que não se limitam ao setor educacional. A UFGD administra o maior hospital público do interior do Estado, o Hospital Universitário (HU) que segue também em greve. Consultas com especialistas, exames, atendimentos feitos parcialmente. Agendamento de consultas seletivas, totalmente suspenso. Só são realizados aqueles procedimentos que já tinham sido marcados. 

"É muito complicado, a saúde pública de Dourados ser colocada em cheque em um momento que a categoria entra em greve. O atendimento é 100%, UTIS, centro cirúrgico vai estar funcionando integralmente até o dia 30, depois, gradativamente vai diminuir o percentual de servidores que estarão aderindo ao movimento", explica uma das comandantes da greve, Kelcia Resende de Souza.

(Colaborou Lia Nogueira, TV MS Record) 

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