quarta-feira, 6 de junho de 2012

receita em greve


Agora é oficial. Os Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do
Brasil) vão realizar uma paralisação por tempo indeterminado a partir do
dia 18 de junho. Essa foi a principal deliberação da Assembleia
Nacional da Classe realizada no dia 30 de maio. Três mil, duzentos e
cinco Auditores participaram da votação. A maior presença em Assembleia
desde a Campanha Salarial de 2008, em se tratando de assuntos ligados à
mobilização da Classe. Se considerada a quantidade de Auditores-Fiscais
em férias e em trabalho remoto, é possível afirmar que cerca de 50% da
Classe que poderia participar da Assembleia marcou presença e se fez
ouvida.

Os filiados aprovaram com 97,47 % de votos a realização de mobilização
de advertência nos dias 12 e 13 de junho. Conforme definido pela
Assembleia, o protesto se realizará com operação-padrão na zona primária
e crédito zero na zona secundária, como estratégia de protesto,
proposta que recebeu 97,69% dos votos.

A paralisação por tempo indeterminado a partir do dia 18 recebeu a
aprovação de 78,80% dos votantes. Ou seja, a adesão ao movimento é
total. Os Auditores-Fiscais não estão dispostos a esperar
indefinidamente por uma proposta do Governo. A Classe exige valorização e
vai usar todas as armas para alcançar seu objetivo.

A Assembleia definiu que a paralisação a ser iniciada no dia 18 se dará
dentro da repartição e com assinatura de ponto (89,98%). Por fim, os
Auditores-Fiscais aprovaram a realização de uma Plenária Nacional com
foco na Campanha Salarial, nos dias 26 e 27 de junho (85,97%), em São
Paulo, com recursos do Fundo de Mobilização (85,53%). Além disso, 68,05%
dos votantes, decidiram pela não realização de esforço extraordinário
para eventos internacionais no período da mobilização.

Os números da Assembleia não deixam dúvidas acerca da indignação dos
Auditores-Fiscais da RFB. A Classe espera agora que o Executivo
reconheça o empenho de todos os que fazem com que a RFB, mesmo em tempos
de crise, cumpra metas e propicie recordes de arrecadação, deixando a
economia nacional em posição confortável em relação ao cenário
internacional.

A imprensa e a sociedade reconhecem a excelência dos serviços prestados
pelos Auditores-Fiscais. A DEN (Diretoria Executiva Nacional) lamenta
que o Governo não tenha a mesma visão e que a sociedade seja atingida
pelos reflexos de uma paralisação. Mas a radicalização do Governo, que
optou pelo silêncio em vez da negociação, obriga a Classe a tomar uma
atitude.

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