quinta-feira, 31 de maio de 2012

Assembleia comunitária marca a união entre as três categorias da UFPR

http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br/node/11481

Professores, técnicos e alunos caminharam até a praça Santos Andrade em protesto pela melhoria da educação no país
Reportagem Marina Sequinel
Edição Maria Eduarda Simonard
Marina Sequinel
Cada categoria teve cinco minutos para falar sobre as suas reivindicações e o andamento do movimento
Cada categoria teve cinco minutos para falar sobre as suas reivindicações e o andamento do movimento
Marina Sequinel
“Da Copa eu abro mão, quero 10% do PIB para a educação”. Essa foi uma das músicas cantadas pelos manifestantes
“Da Copa eu abro mão, quero 10% do PIB para a educação”. Essa foi uma das músicas cantadas pelos manifestantes
Uma assembleia comunitária reuniu professores, técnicos e alunos da UFPR no pátio da Reitoria na manhã desta quarta-feira (30). O evento foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Paraná (Sinditest-PR), pela Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR) e pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE). Após a reunião, representantes das categorias caminharam pelas ruas até a Praça Santos Andrade, carregando cartazes e cantando músicas em prol da valorização da educação.
O principal objetivo da assembleia foi marcar a união dos três segmentos que atuam na universidade. Segundo o presidente da APUFPR, Luis Allan Kunzle, o fortalecimento é capaz de dar visibilidade ao movimento. “Um segmento sozinho é relegado a segundo plano. A união é a única maneira de nos contrapormos ao poder que o governo detém”, explica Kunzle.
Para ele, a movimentação e o debate de pautas que já existiam nas categorias tornaram necessária a articulação entre professores, técnicos e alunos. Entre as reivindicações comuns aos três segmentos estão: melhoria da estrutura da universidade e das condições de trabalho, e maior investimento na educação pública.
De acordo com o diretor do Sinditest-PR, Bernardo Pilotto, a questão do aumento dos salários está dentro da luta pela educação. “Nós somos categorias aliadas e, por isso, precisamos somar a paralisação. A ampliação da luta vai fazer com que a greve atinja também a sociedade”, completa Pilotto.

Posicionamento dos estudantes

Em Assembleia realizada na noite de terça-feira (29) na Reitoria, os alunos da UFPR deflagraram greve em apoio aos professores. Segundo Lucas Mion, representante do Comando de Greve dos Estudantes, organizar as categorias significa obter mais força nas negociações com o governo. “Nós, alunos, entendemos que as condições de trabalho dos professores e técnicos estão ligadas às condições de ensino. Por isso, decidimos apoiá-los. Esse é o momento de articular todas as categorias”, afirma o estudante.
Para o coordenador-geral do DCE, Victor Meireles, os segmentos devem negociar juntos. “Não deve haver separação. Nenhuma categoria pode sair da greve caso as outras duas não tenham as suas causas atendidas”.

Encaminhamentos

Após votação, a Assembleia Comunitária decidiu pela união de todas as instituições federais paralisadas no Paraná em um grande ato público, que acontecerá no dia 14 de junho. As categorias optaram também pela construção do Comando Unificado - questão que deve ser discutida dentro de cada segmento até nova reunião.

Pauta unificada dos servidores públicos federais:
- Reposição salarial de 22,08% (inflação de 2010 e 2011) mais a variação do Produto Interno Bruto neste período;
- Estabelecimento de data base em 1º de maio para o Serviço Público Federal;
- Estabelecimento de uma política salarial permanente com reposição inflacionária, valorização do salário e incorporações de gratificações;
- Cumprimento dos acordos firmados;
- Contra qualquer reforma que retire direitos dos trabalhadores;
- Retirada dos Projetos de Lei, Medidas Provisórias e Decretos contrários aos interesses dos servidores públicos;
- Paridade entre ativos, aposentados e pensionistas.

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