sexta-feira, 18 de maio de 2012

TRABALHADORES (AS) DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR (IFES) TAMBÉM MERECEM SALÁRIOS DIGNOS

Fonte: ID 08/05 FASUBRA

Nós, trabalhadores (as) das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), estamos em campanha salarial, a fim de resgatarmos nosso poder de compra, que se encontra defasado e com ameaça de amargar perdas ainda maiores, uma vez que o Governo, até o presente momento, não apresentou nenhuma proposta nas mesas de negociação, que vem ocorrendo desde 2010. Continuamos, portanto, com o menor piso do serviço público federal!

A desculpa para tamanho descaso, por parte do Governo, é que não dispõe de recursos para alocar no piso de nossa carreira, mas não explica o porquê de dispor de recursos para ajustar salários de parlamentares, ministros e da própria presidente da República, que tiveram seus vencimentos reajustados em 61,8%, 148,6 % e 134%, respectivamente.
Ressaltamos, ainda, que em 2011 os banqueiros receberam dos cofres públicos 700 bilhões da dívida pública, o que equivale a cerca de 2 bilhões por dia. Essa cifra daria para construir, por exemplo, centenas de hospitais universitários ou escolas, atendendo as necessidades básicas do povo.
Essa situação de congelamento salarial, aliada a insuficiência dos concursos públicos, do pagamento de salários dignos, de condições satisfatórias de trabalho, vem agravando, ainda mais a situação e, com isso, a parte mais penalizada é a população brasileira, que não conta com serviços públicos à altura de suas necessidades. Por isso, continuam sofrendo e morrendo nos corredores dos hospitais, por falta de atendimento, e analfabetos, por falta de escolas.
Por outro lado, nossos jovens não veem perspectivas de inserção no mercado de trabalho e ingresso nas universidades públicas. A expansão insuficiente não dispõe de pessoal, que dê conta das demandas e dos desafios impostos, em face das necessidades sociais.
Como se tudo isso não bastasse para nos revoltar, o governo Dilma acaba de editar a Medida Provisória 568, no dia 14 de maio, que além de diminuir a periculosidade e a insalubridade dos trabalhadores do serviço público, agride de forma desrespeitosa e ilegal nosso Plano de Carreira. Essa medida reduz o salário de médicos e veterinários, agravando o quadro caótico da saúde brasileira, uma vez que afasta esses profissionais do serviço público, por falta de incentivos e atrativos salariais.
Diante de tudo isso, estamos cansados e desmotivados, ao lado de outras categorias que, nesse momento, estão reivindicando melhorias salariais e, portanto, fazem greve e outros movimentos, país afora. Rodoviários estão paralisados em seis capitais e obras do PAC, também, estão estagnadas, em função de movimentos paredistas de seus operários. No próprio DF os professores fizeram greve por dois meses!
Nesse momento, em cerca de 25 universidades, os docentes já decretaram greve, em função do não cumprimento de acordos assinados no ano passado. Com isso, nós técnico-administrativos, após 51 reuniões com o governo, não teremos outra saída, a não ser tomar a mesma decisão, caso o governo insista em ignorar nossas necessidades e nossas reivindicações!
Com essa CARAVANA NACIONAL estamos mostrando nossa disposição de luta, em defesa da nossa pauta de reivindicações!
EXIGIMOS SALÁRIO DIGNO, POIS NÃO SOMOS DIFERENTES E MENOS MERECEDOR DO QUE A PRESIDENTE E OS PARLAMENTARES!

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