A greve dos professores federais entrou nesta segunda-feira no
seu 11º dia com a adesão da Universidade Federal de Grande Dourados
(UFDG-MS), de Santa Maria (UFSM-RS) e o campus de Jataí da Universidade
Federal de Goiás (UFG). Com isso, o número total de universidades
paradas chega a 52. Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior (Andes), o movimento só deverá ter fim
quando o governo apresentar proposta às reivindicações.
A categoria pede carreira única com incorporação das gratificações em
13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso
para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo sugerido pelo
Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo
relativos à titulação e ao regime de trabalho. Os professores federais
reivindicam também a reestruturação do plano de carreira que, segundo o
sindicato, não permite evolução satisfatória do docente ao longo da
carreira.
O Ministério da Educação reafirmou a concessão do reajuste retroativo
a março de 4% à categoria, e garantiu que uma pequena parte dos
docentes (180 em um total de 70 mil) ainda ganha menos que o
reivindicado. O ministro Aloizio Mercadante chegou a fazer apelo para o
fim do movimento grevista, que considerou “precipitado”. As negociações
em torno do plano de carreira se desenrolam no Ministério do
Planejamento, com previsão de implementação para o ano que vem.
As negociações entre sindicato e governo começaram em agosto do ano
passado. Mais de 500 mil alunos estão sem aulas em razão das greves, de
acordo com o Andes. A entidade considera o movimento um dos maiores já realizados pelos docentes das instituições federais.
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