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Felipe Müller atende grevistas e envia ofício ao MEC pedindo negociação
Publicada em 08/08/2012 20h31m
Atualizada em 08/08/2012 20h46m
Atualizada em 08/08/2012 20h46m
Grevistas pediram ao reitor (de terno, à direita) que não repercuta as más políticas do governo
Após uma assembleia de avaliação da atividade ocorrida junto ao Instituto Federal Farroupilha (IFF), ao final da manhã desta quarta, em frente ao prédio da Reitoria da UFSM, os segmentos em greve solicitaram serem recebidos pelo reitor. E foram atendidos. Durante o encontro, foi assinalado pelos grevistas que a reitoria não deveria reproduzir a “política falaciosa” do governo federal na instituição. Loiva Chansis, da Assufsm, frisou que a universidade deve exercer a sua autonomia como prevê a Constituição Federal.
O reitor, Felipe Müller, também foi informado pelo representante do Sinasefe, Alciomir Pazatto, sobre uma carta assinado pelo reitor do IFF Farroupilha solicitando ao governo que mantenha a negociação com os grevistas. Müller disse que poderia vir a assinar documento semelhante, após avaliação com os pró-reitores. Ao final da tarde, o gabinete do reitor encaminhou à SEDUFSM um ofício que será encaminhado ao Ministério da Educação em que se enfatiza a legitimidade da greve e faz um apelo para que o governo mantenha as negociações. (Veja mais abaixo detalhes sobre o documento).
Na reunião desta manhã, além de representantes do Comando de Greve dos Docentes, do presidente da SEDUFSM, Rondon de Castro, do Comando de Greve dos Técnico-Administrativos e do dirigente do Sinasefe, também esteve presente a integrante do Comando de Greve dos estudantes, Bruna Homrich. Em sua manifestação, ela destacou o apoio dos estudantes à valorização dos trabalhadores da educação. Bruna também ponderou sobre a inaplicabilidade de dois semestres letivos concomitantes.
Em relação à possibilidade de um calendário duplo, o professor Felipe Müller afirmou que a intenção da reitoria, em função de serem poucas aulas a recuperar, na avaliação da reitoria, o segundo semestre poderia iniciar em horários alternativos e, quando possível, seriam encaixadas as disciplinas incompletas do primeiro semestre. O pensamento da reitoria, conforme Müller, é o de recuperar tudo até dezembro, sem precisar adentrar com aulas nos meses de janeiro e fevereiro.
Políticas do MEC
Sobre o fato de a reitoria estar reproduzindo acriticamente as diretrizes do governo, como por exemplo, divulgar no site da instituição uma orientação do MEC de que a greve acabou e as aulas precisam ser retomadas, Felipe Müller afirmou que “o que chegar aqui, nós vamos repercutir, não é uma questão de estar apoiando A ou B. Nós nunca estivemos tendenciosos nem para um lado e nem para o outro, até porque não é papel da reitoria pautar nem a greve e nem a não greve. Sempre apoiei as negociações, não cortei o ponto de ninguém, não deixei de expressar publicamente o meu apoio”.
Em função dessa postura, que se mostraria imparcial, o reitor foi questionado se não publicaria o documento elaborado e aprovado na segunda, pelo Fórum Unificado dos segmentos em greve, com orientações à comunidade acadêmica em relação à discussão sobre o término do primeiro semestre e o reinício do segundo. Müller garantiu que, assim que tivesse o documento em mãos, a assessoria de comunicação divulgaria no site, o que aconteceu ao longo da tarde desta quarta-feira.
O momento mais tenso do encontro foi quando o reitor afirmou que adiou a reunião do CEPE porque não poderia admitir que os funcionários da reitoria fossem impedidos de entrar na sede da Administração. Felipe Müller garantiu que havia uma combinação de que a reitoria seria desocupada (ocupação ocorreu de quarta a sexta da semana passada), o que acabou não acontecendo às vésperas da reunião dos conselheiros. Loiva Chansis, com o apoio de Rondon de Castro, negou que as pessoas envolvidas nas comissões do CEPE tivessem sido impedidas de entrar. Para a grevista da Assufsm, a decisão de adiar a reunião foi uma posição política do reitor.
Ofício ao MEC
Após a cobrança das categorias em greve e também do exemplo do reitor da IFF Farroupilha, que concordou em assinar um documento para ser enviado ao Ministério da Educação, o professor Felipe Müller tomou postura similar.
No meio da tarde desta quarta, o reitor da UFSM enviou para a SEDUFSM cópia de ofício nº 648/2012, endereçado ao secretário de Ensino Superior do MEC, Amaro Lins. Em três parágrafos, o documento faz um rápido panorama sobre a greve, que abrange duas categorias de trabalhadores e tem o apoio de estudantes.
O texto finaliza da seguinte forma: “Reconhecemos que as negociações entre as categorias e o Governo Federal devem continuar e afirmamos que a paralisação dos segmentos de docentes e técnico-administrativos da UFSM constitui elemento legítimo de ação sindical”.
(Confira a íntegra do documento em anexo)
Texto e fotos: Rafael Balbueno
Edição: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM
O reitor, Felipe Müller, também foi informado pelo representante do Sinasefe, Alciomir Pazatto, sobre uma carta assinado pelo reitor do IFF Farroupilha solicitando ao governo que mantenha a negociação com os grevistas. Müller disse que poderia vir a assinar documento semelhante, após avaliação com os pró-reitores. Ao final da tarde, o gabinete do reitor encaminhou à SEDUFSM um ofício que será encaminhado ao Ministério da Educação em que se enfatiza a legitimidade da greve e faz um apelo para que o governo mantenha as negociações. (Veja mais abaixo detalhes sobre o documento).
Na reunião desta manhã, além de representantes do Comando de Greve dos Docentes, do presidente da SEDUFSM, Rondon de Castro, do Comando de Greve dos Técnico-Administrativos e do dirigente do Sinasefe, também esteve presente a integrante do Comando de Greve dos estudantes, Bruna Homrich. Em sua manifestação, ela destacou o apoio dos estudantes à valorização dos trabalhadores da educação. Bruna também ponderou sobre a inaplicabilidade de dois semestres letivos concomitantes.
Em relação à possibilidade de um calendário duplo, o professor Felipe Müller afirmou que a intenção da reitoria, em função de serem poucas aulas a recuperar, na avaliação da reitoria, o segundo semestre poderia iniciar em horários alternativos e, quando possível, seriam encaixadas as disciplinas incompletas do primeiro semestre. O pensamento da reitoria, conforme Müller, é o de recuperar tudo até dezembro, sem precisar adentrar com aulas nos meses de janeiro e fevereiro.
Políticas do MEC
Sobre o fato de a reitoria estar reproduzindo acriticamente as diretrizes do governo, como por exemplo, divulgar no site da instituição uma orientação do MEC de que a greve acabou e as aulas precisam ser retomadas, Felipe Müller afirmou que “o que chegar aqui, nós vamos repercutir, não é uma questão de estar apoiando A ou B. Nós nunca estivemos tendenciosos nem para um lado e nem para o outro, até porque não é papel da reitoria pautar nem a greve e nem a não greve. Sempre apoiei as negociações, não cortei o ponto de ninguém, não deixei de expressar publicamente o meu apoio”.
Em função dessa postura, que se mostraria imparcial, o reitor foi questionado se não publicaria o documento elaborado e aprovado na segunda, pelo Fórum Unificado dos segmentos em greve, com orientações à comunidade acadêmica em relação à discussão sobre o término do primeiro semestre e o reinício do segundo. Müller garantiu que, assim que tivesse o documento em mãos, a assessoria de comunicação divulgaria no site, o que aconteceu ao longo da tarde desta quarta-feira.
O momento mais tenso do encontro foi quando o reitor afirmou que adiou a reunião do CEPE porque não poderia admitir que os funcionários da reitoria fossem impedidos de entrar na sede da Administração. Felipe Müller garantiu que havia uma combinação de que a reitoria seria desocupada (ocupação ocorreu de quarta a sexta da semana passada), o que acabou não acontecendo às vésperas da reunião dos conselheiros. Loiva Chansis, com o apoio de Rondon de Castro, negou que as pessoas envolvidas nas comissões do CEPE tivessem sido impedidas de entrar. Para a grevista da Assufsm, a decisão de adiar a reunião foi uma posição política do reitor.
Ofício ao MEC
Após a cobrança das categorias em greve e também do exemplo do reitor da IFF Farroupilha, que concordou em assinar um documento para ser enviado ao Ministério da Educação, o professor Felipe Müller tomou postura similar.
No meio da tarde desta quarta, o reitor da UFSM enviou para a SEDUFSM cópia de ofício nº 648/2012, endereçado ao secretário de Ensino Superior do MEC, Amaro Lins. Em três parágrafos, o documento faz um rápido panorama sobre a greve, que abrange duas categorias de trabalhadores e tem o apoio de estudantes.
O texto finaliza da seguinte forma: “Reconhecemos que as negociações entre as categorias e o Governo Federal devem continuar e afirmamos que a paralisação dos segmentos de docentes e técnico-administrativos da UFSM constitui elemento legítimo de ação sindical”.
(Confira a íntegra do documento em anexo)
Texto e fotos: Rafael Balbueno
Edição: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM
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