terça-feira, 23 de agosto de 2011

GREVE NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS PREJUDICA 550 MIL ESTUDANTES

Fonte: http://www.sint-ifesgo.org.br/noticias/1098/GREVE%20NAS%20UNIVERSIDADES%20FEDERAIS%20PREJUDICA%20550%20MIL%20ESTUDANTES

22/08/2011

São Paulo | 22/08/2011

Segundo semestre ainda não começou em algumas instituições. Sindicato e ministério do Planejamento enfrentam impasse.

A greve dos servidores técnico administrativos das universidades federais entra no 78ª dia e afeta as aulas e o cotidiano de 550 mil estudantes, matriculados nas 48 instituições que aderem ao movimento, segundo balanço da Federação do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra). Serviços como matrículas, pagamentos de bolsa de iniciação científica, emissão de diplomas, laboratórios de informática e restaurantes universitários estão parados.

A paralisação começou no dia 6 de junho e comprometeu o início do segundo semestre nas instituições que dependem totalmente dos funcionários para matricular os novos alunos e fazer a rematrícula dos que já estão cursando. Na Universidade Federal do Pampa (Unipampa), o procedimento é feito pela internet, mas está paralisado porque os técnicos controlam o sistema. As aulas do segundo semestre ainda não começaram e devem ser retomadas somente em setembro.

“Pedimos a liberação dos serviços essenciais para não atrasar o calendário acadêmico e semana que vem teremos uma resposta”, diz Lucia Vinadé, pró-reitora de graduação da Unipampa. Se os funcionários retomarem o processo de matrícula, as aulas deveram começar no dia 5 de setembro, segundo a professora.

Ícaro Silva Macedo, 18 anos, aluno de Geologia da Unipampa, conta que a greve prejudica estudantes que moram em outras cidades e vêm aos 10 câmpus da instituição para estudar. “Os alunos que não moram no Rio Grande do Sul estão pensando em abandonar a faculdade e prestar outro vestibular”, relata o estudante que deveria iniciar o segundo semestre do curso em agosto.

A colega de turma Juliana Fuzati, 19 anos, cancelou a passagem de São Paulo para Caçapava do Sul, câmpus no qual fica o curso de Geologia, e aguarda uma posição sobre o reinício das aulas. “Acho um absurdo o governo não ter se posicionado ainda. Nós fomos os prejudicados e ninguém tomou nenhuma atitude ainda”, reclama.

De acordo com a Federação dos Sindicatos das Universidades Brasileira (Fasubra), a categoria foi recebida duas vezes pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, que se comprometeu a mediar a negociação com o Ministério do Planejamento, responsável pelo pagamento dos técnicos. “O governo vai apresentar uma proposta via centrais sindicais nesta semana. Não será uma negociação direta”, afirma Leia de Souza Oliveira, coordenadora-geral da Fasubra.

Os funcionários querem aumento no piso salarial de R$ 1.034 para três salários mínimos (R$ 1.635), abertura de concursos públicos para a substituição dos funcionários terceirizados e melhorias no plano de carreira, entre outras reivindicações.

No começo do mês, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, por meio de uma liminar, que pelo menos 50% dos servidores em greve voltassem a trabalhar. Segundo a Fasubra a determinação está sendo cumprida.

Professores também podem parar

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) aprovou na última semana um indicativo de greve. Na Universidade Federal do Paraná (UFPR) os professores decidiram parar as atividades. As aulas do segundo semestre não começaram e não têm previsão para começar.

Segundo o Andes, também há greve de professores na Universidade Federal do Tocantins.

Greve nos institutos federais

As aulas não voltaram totalmente em quase 200 câmpus de instituições federais, segundo balanço do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). Os professores e funcionários dos institutos federais, que oferecem ensino médio técnico e cursos de nível superior, declararam greve no dia 1º de agosto.

A categoria reivindica 14,67% de reajuste e o fim da contratação de profissionais temporários, entre outras reivindicações.

Por: Marina Morena Costa, iG


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