sexta-feira, 5 de agosto de 2011

UnB - Servidores técnico-administrativos decidem pela continuidade da greve

Fonte: http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=31008

Os servidores aprovaram a continuidade do movimento grevista em assembleia que ocorreu na última terça-feira, 2. As reivindicações da categoria em nível nacional permanecem as mesmas há sete anos. Eles exigem piso de três salários mínimos

5 de agosto de 2011

A greve nacional dos servidores técnico-administrativos conta com a adesão de mais de 40 universidades federais.

O governo não apresentou qualquer proposta aos servidores e se recusa a negociar com estes, mesmo com a greve tendo duração de 56 dias.

Os servidores realizarão um acampamento em frente ao Ministério do Planejamento nos dias 9, 10 e 11 de agosto.

As reivindicações da greve que fazem parte da campanha salarial deste ano são as mesmas apresentadas na greve de 2005. Os servidores permanecem com o mesmo piso salarial, de pouco mais de mil reais, o menor salário dos servidores públicos federais.

O fato das reivindicações dos servidores permanecerem as mesmas por sete anos e nada ter se alterado demonstra o fracasso da direção da federação, controlada pelo PT.

O movimento sindical dos técnico-administrativos em nível nacional é controlado pelo PT há muitas décadas e por isso a categoria não consegue mudanças efetivas.

A federação aposta em reuniões com o governo, greves de mentirinha apenas para pressionar os ministros da Educação e planejamento etc.

A falsa oposição dirigida pelo Psol coaduna com todas as propostas do PT.

Assim, a greve dos servidores, além do boicote da federação e da falsa oposição, é constantemente atacada pelos órgãos do governo.

Recentemente, o Ministério Público determinou que os servidores técnico-administrativos da UnB coloquem em funcionamento o Restaurante Universitário e a Biblioteca.

O sindicato, dirigido pelo PT e tendo como falsa oposição o PSol, conseguiu aprovar em assembleia a reabertura do Restaurante e da Biblioteca.

O Procurador-Geral Federal Luís Inácio Lucena Adams entrou com uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo que a greve nacional seja determinada ilegal e abusiva.

A justificativa do referido procurador, candidato a ministro do STF, é de que a greve viola o direito ao ensino público. Acusação completamente abstrata e sem sentido.

Ele pede ainda que se a greve não for classificada como ilegal e abusiva que a Justiça determine que 70% da categoria voltem ao trabalho sob a ameaça de multa de R$ 100 mil por dia à federação.

Na UnB, os servidores recebem uma gratificação que foi incorporada ao salário há mais de 20 anos.

O mesmo secretário que negocia com os servidores na greve nacional, Duvanier Paiva, cortou um quarto dos salários dos servidores da UnB.

Em greve que durou mais de seis meses, a categoria conseguiu um mandato de segurança que garantiu o salário integral por tempo determinado.

Os servidores devem se organizar para conseguir que suas reivindicações sejam de fato garantidas. Aos servidores da UnB a situação ainda é mais alarmante com a ameaça do governo de corte de um quarto dos salários.


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