Categoria promove abraço simbólico contra a privatização do Hospital das Clínicas - ES

Fonte: http://www.joomla.sintufes.org.br

Em mais uma manifestação, os trabalhadores da Ufes mostram que a greve segue forte e que eles não vão cair nas mentiras do governo federal

Na luta em favor do atendimento pelo SUS nos hospitais universitários

Os trabalhadores técnico-administrativos da Ufes realizaram mais uma manifestação na greve, iniciada há quase dois meses, nesta quinta-feira, 28 de julho, no Campus de Maruípe, em Vitória.

Eles deram um abraço simbólico no Hospital das Clínicas (Hucam). O ato representa o posicionamento da categoria contrário à aprovação do Projeto de Lei (PL) 1749/2011, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), uma estatal de direito privado que poderá prejudicar em muito aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) nos hospitais universitários (HU's)de todo Brasil.

Isso porque, o PL 1749 prevê que os HU's prestem atendimento a usuários de planos de saúde e que a EBESERH contrate profissionais e os demita como bem entender, acabando com a estabilidade profissional.

Além dos trabalhadores, algumas pessoas que estavam no Hospital das Clínicas também participaram do abraço. O que mostra que a população é contrária à aprovação do PL 1749, e a favor do Hucam continuar a atender pelo SUS, mudando apenas a qualidade do atendimento para deixá-lo ainda melhor.

O ato contou com mais um Café com Sonho. Os grevistas comeram sonhos de padaria representando o desejo por dias melhores. Mas os sonhos representam também, de maneira irônica, o fato dos trabalhadores estarem cansados das mentiras do governo.

“Não vamos cair nessa mentira de que não terá dinheiro, porque não está previsto no Orçamento da União que já foi fechado. Em 2007, conquistamos um reajuste em outubro, quando já estava fechado o Orçamento. O governo tem dinheiro sim, e a gente tem que manter a greve até conquistar nossas reivindicações”, argumentou o membro do Comando Local de Greve, José Magesk.

Greve segue forte
O ato no Hospital das Clínicas também teve ainda os repasses dos comandos de greve dos campi de São Mateus, Goiabeiras, Alegre e de Maruípe. Foram feitos os informes mostrando que o movimento continua forte e a categoria está disposta a manter a paralisação até ser atendida pelo governo.

Magesk também fez os repasses do Comando Nacional de Greve (CNG) da Fasubra, indicando que as universidades federais em greve estão dispostas a continuar o movimento até terem as reivindicações atendidas. Veja nesta matéria a íntegra das reivindicações desta greve.

Clique na foto e leia o jornal

Ele mostrou o Jornal da Greve, produzido neste mês pelo CNG, que está no site do Sintufes. O informativo traz um histórico de outras greves, pontua que o movimento paradista continua e traz outros assuntos. Não deixe de ler!

Magesk ainda informou aos trabalhadores que o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento Orcamento e Gestão (MPOG), Duvanier Ferreira, está na Itália, em Turim, participando de um encontro da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Mas, por aqui, Duvanier é quem vem conduzindo as negociações com o CNG, sempre negando as reivindicações dos trabalhadores.

Confira abaixo a nota que revela as mentiras do governo federal.

Cara de pau tem limite*
O alarde com que o governo anunciou liberação de verbas para a base aliada, no valor de R$ 55 bilhões, dá bem uma mostra do descompasso político-econômico do governo Dilma.

Na quinta, dia 21, o Planejamento anunciou que não há verba para reajuste linear ao funcionalismo, o que daria em torno de 19 bilhões, ontem diz que há recursos para o famoso para-te-quieto ou cala-a-boca de quem ameaça se revoltar em relação ao combate à corrupção, vide transportes.

Quando os servidores se revoltam e paralisam as atividades cai a mão pesada, cega, surda e muda da justiça penalizando trabalhadores e entidades sindicais. A cara de pau do governo está precisando de óleo de peroba, rápido.

*Fonte: VERA RITTER – INFO DF.